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Governo de Merkel deverá pagar nove mil milhões para resgatar Lufthansa e ficar com 20%

Fontes envolvidas na negociação referem o fundo de estabilização económica do Governo germânico ainda não apresentou uma oferta final, mas que esta poderá ser feita durante esta quinta-feira.
21 Maio 2020, 09h29

A Lufthansa está em negociações avançadas com o Governo alemão para um resgate financeiro que deverá rondar os nove mil milhões de euros, sendo que o Executivo de Angela Merkel poderá ficar com uma participação de 20% na principal companhia aérea do país, de acordo com informações reveladas pela agência “Reuters” esta quinta-feira, 21 de maio.

A companhia aérea revela que com este acordo o Governo irá ocupar dois lugares no conselho de supervisão da empresa, mas só exercerá os seus plenos direitos de voto em circunstâncias excepcionais, como para proteger a Lufthansa de uma aquisição externa.

Fontes envolvidas na negociação referem o fundo de estabilização económica do Governo germânico ainda não apresentou uma oferta final, mas que esta poderá ser feita durante esta quinta-feira.

Este tipo de acordo não é exclusivo da Lufthansa. Companhias aéreas como o grupo franco-holandês Air France-KLM e as americanas American Airlines, United Airlines e Delta Air Lines também têm estado em negociações com os respetivos governos para possíveis resgates financeiros.

A Lufthansa espera que as condições deste acordo incluam a exclusão de futuros pagamentos de dividendos e limites ao pagamento da administração, sendo que este pacote financeiro deverá ser aprovado pela Comissão Europeia (CE).

A negociação inclui ainda um empréstimo de três mil milhões de euros do banco estatal KfW e um título conversível, que pode ser trocado por uma participação adicional de 5% mais uma ação no caso de um oferta pública de aquisição por terceiros.

A companhia aérea espera que este acordo possa ser concluído brevemente para garantir a sua solvência a longo prazo.

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