O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afastou no final da reunião com o Governo que arrancou a ronda de audições aos partidos para a elaboração do Programa de Estabilização Económica e Social que implicará a aprovação de um orçamento suplementar, que o lay-off simplificado seja “mantido ad aeternum“, pois seria “tornar banal aquilo que é inaceitável” permitir que os trabalhadores continuem a ver ao final de cada mês um corte num terço dos seus salários.
A delegação comunista pediu do Governo medidas que assegurem que “ninguém fique para trás sem qualquer rendimento e salário”, incluindo algumas que “resolvam problemas dramáticos e candentes” em centenas de milhares de micro, pequenas e médias empresas, e um reforço do Serviço Nacional de Saúde que dê resposta à pandemia de Covid-19.
Sem se comprometer com qualquer orientação de voto para o orçamento suplementar, que será apresentado em junho, Jerónimo de Sousa disse que na questão do lay-off, cujo prolongamento para lá de 30 de junho já foi sugerido, entre outros, pelo Presidente da República, “não houve certezas”. “Certamente daremos a nossa contribuição para resolver problemas”, garantiu o líder comunista, que se disse “empenhado na defesa do nosso aparelho produtivo” e instou o Governo a “fazer pela vida” e conseguir instrumentos financeiros junto da União Europeia para relançar a economia e criar emprego desde que não impliquem “imposições que não resultam”.
O PCP foi recebido na residência oficial do primeiro-ministro por António Costa e ainda pelos ministros de Estado Mário Centeno (Finanças), Pedro Siza Vieira (Economia) e Mariana Vieira da Silva (Presidência) e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro. Ainda durante esta segunda-feira serão recebidos o PEV, o Bloco de Esquerda e o PAN, seguindo-se na terça-feira os restantes partidos com representação parlamentar.
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