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Cadeia de supermercados de Isabel dos Santos apresenta plano de revitalização e pede apoio do Estado angolano

A dona do Candando pede que o estado angolano dê acesso concessão de linhas de crédito com taxas de juro mais acessíveis. O encerramento de supermercados vai obrigar ao despedimento de mais de mil colaboradores.
DR Eneias Rodrigues/LUSA
11 Junho 2020, 16h43

Depois de Isabel dos Santos ter anunciado que metade das lojas da cadeia de supermercados Candando iam encerrar e que mais de mil trabalhadores iriam ser despedidos, a empresa de distribuição vem agora anunciar que a medida foi “fruto das dificuldades económicas do país” e agravada pelas medidas de confinamento impostas como resposta à crise pandémica da Covid-19.

Face a esta situação, a empresa de Isabel dos Santos apresentou um plano de revitalização, esta quinta-feira, e solicitou o apoio às entidades competentes tendo, entretanto, já tido a oportunidade de expor a sua situação junto do Ministério do Comércio.

https://jornaleconomico.pt/noticias/cadeia-de-supermercados-de-isabel-dos-santos-fecha-metade-das-lojas-599317

O plano passa assim por manter os seus hipermercados e supermercados abertos, “sendo, para tal, necessário o apoio das entidades competentes para garantir o acesso a linhas de crédito para compras a fornecedores nacionais produtores e para as compras internacionais”. Para isso, a dona do Candando, pede que o estado angolano dê acesso concessão de linhas de crédito com taxas de juro mais acessíveis de modo a que a cadeia de supermercados “promover, aumentar e e ajudar na compra e no escoamento dos produtos nacionais e do campo”.

De acordo com a nota divulgada à imprensa, a situação actual da empresa, encontra-se “particularmente agravada” por não poder contar com o apoio dos seus accionistas, fruto do arresto preventivo por decisão do Tribunal Provincial de Luanda, anunciado em fevereiro.

“Acresce ainda que a pedido da PGR de Angola, as autoridades congéneres portuguesas, procederam ao bloqueio das contas bancárias das empresas do grupo Candando em Portugal, contas essas que serviam para a abertura de linhas de crédito e pagamentos junto de fornecedores internacionais”, continua a nota. “Esta situação já obrigou a empresa a efetuar vários despedimentos em Portugal, e também limita o acesso à compra de produtos de importação que o mercado Angolano tanto carece”, explica.

A administração da companhia diz que emprega cerca de 2.000 trabalhadores e que a “atual realidade económica, o estado de emergência, e um conjunto próprio de constrangimentos, obrigam a um ajuste ao negócio”, mas não quantifica os despedimentos necessários nem quantas lojas terá de encerrar.

 

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