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“Será uma grande batalha para salvar empregos”. Airbus corta 15 mil postos devido à pandemia

Esta medida encontra-se contudo sujeita a negociações com os sindicatos que imediatamente renovaram as promessas de se oporem a despedimentos obrigatórios.
30 Junho 2020, 20h09

A Airbus vai cortar cerca de 15 mil postos de trabalho, já que o seu futuro está em risco depois da pandemia do coronavírus ter abalado o setor das viagens aéreas, informa a agência “Reuters” esta terça-feira, 30 de junho.

Destes 15 mil postos, cinco mil serão em França, 5.100 na Alemanha, 900 em Espanha, 1.700 no Reino Unido e 1.300 em outros países, num total de 14 mil empregos, aos quais se juntam mais 900 da unidade Premium AEROTEC da Airbus localizada na Alemanha.

Esta medida encontra-se contudo sujeita a negociações com os sindicatos que imediatamente renovaram as promessas de se oporem a despedimentos obrigatórios. A Airbus está a tentar evitar as negociações, estando a optar por saídas voluntárias, reformas antecipadas ou planos de emprego parcial de longo prazo.

“Será uma grande batalha para salvar empregos”, afirmou Francoise Vallin, membro da Confederação Geral Francesa (CGF) um dos principais sindicatos do país. Um responsável do Ministério das Finanças francês disse que o governo espera que a Airbus use os instrumentos que disponibilizou para reduzir o número de cortes de empregos.

A Airbus possui uma força de trabalho de 135 mil funcionário, sendo que 37% deverão reformar-se durante esta década. Michel Pierre, representante do sindicato CFDT da Airbus, disse que a Airbus recusou a intervenção direta do estado no seu capital, sustentando as reformas de governação corporativa em 2013.

Algumas fontes do setor dizem que a Airbus abandonou a meta de mais do que duplicar a receita de serviços para os 10 mil milhões de dólares nesta década e transferiu alguns funcionários para outras funções.

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