Na quinta-feira, o primeiro-secretário da AML, Carlos Humberto, informou que houve “um entendimento com os operadores” de transportes de que a partir de hoje existirá um “reforço significativo da oferta”.
Segundo o responsável, “a ideia é ter uma oferta de cerca de 90%” em relação à capacidade existente no mesmo período do ano passado, mas poderão haver reforços “naquilo que vier a ser preciso”, nomeadamente nas “linhas que trazem passageiros para a capital, Lisboa”.
Esta decisão foi tomada numa reunião do Conselho Metropolitano da AML, que tem funções como autoridade de transporte, na sequência da redução do número de autocarros desde meados de março, devido à pandemia da covid-19.
No caso do Metropolitano de Lisboa, o reforço aconteceu logo no sábado com a duplicação da oferta aos fins de semana, durante o período diurno, nas linhas Azul, Verde e Vermelha, fazendo circular comboios de seis carruagens.
Em comunicado, a empresa explicou que os ajustamentos adicionais se devem ao aumento da procura que se tem verificado aos fins de semana na sua rede e também para “contribuir para a redução da propagação da covid-19”.
Já o Grupo Barraqueiro reforçou na segunda-feira os autocarros da Rodoviária de Lisboa, Mafrense e Boa Viagem, “com especial incidência nas horas de maior procura durante a manhã e tarde”.
Segundo o grupo empresarial, a decisão foi “tomada em conjunto com a AML” de forma a repor o serviço de transportes públicos “para níveis muito próximos aos que se registavam antes do início desta pandemia”.
Quanto ao transporte ferroviário, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, garantiu na segunda-feira que a lotação da maioria dos comboios que circulam nas horas de ponta na Área Metropolitana de Lisboa (AML) está “abaixo dos 50%”, frisando que os “dados objetivos” não evidenciam responsabilidades dos transportes públicos na propagação da covid-19 na região.
O governante revelou também que a CP – Comboios de Portugal não tem capacidade para aumentar o número de composições em circulação na AML, mas ressalvou que está em estudo a possibilidade de alterações de horários.
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