A EDP deverá registar uma queda de cerca de 5% no EBITDA no primeiro semestre do ano, face a igual período do ano anterior, para 1,82 mil milhões de euros estimam os analistas do banco norte-americano, Goldman Sachs.
O banco a mantém a recomendação de compra para os títulos da EDP e fixa o preço-alvo da ação nos 4,90 euros, uma valorização de 12,5% face ao preço de encerramento da sessão de terça-feira, quando fechou nos 4,352 euros.
A pressionar a contração do resultado antes de impostos, depreciações e amortizações da energética nacional estão as quedas dos volumes de produção na Península Ibérica e no Brasil, que deverão ter caído em cerca de 10% nos últimos três meses.
Acrescem ainda a fatores de pressão sobre os resultados semestrais da EDP a desvalorização de cerca de 20% do real brasileiro face ao euro, sobre-contratação na distribuição de energia no mercado brasileiro e ainda menores volumes de vento na Península Ibérica.
O Goldman Sachs realça, no entanto, que as maiores margens de produção na Península Ibérica poderão compensar este contexto mais adverso. O banco norte-americano estima assim que os lucros da EDP atinjam 298 milhões de euros no primeiro semestre, um recuo de 26,4% face a período homólogo quando registou 405 milhões. O GS aponta que, retirado o impacto de impostos sobre o lucro, o resultado líquido poderá ascender aos 391 milhões de euros.
Já a dívida deverá aumentar para um valor próximo de 14 mil milhões de euros.
O Goldman Sachs atribui um preço-alvo de 4,90 euros para as ações da EDP. O banco norte-americano defende que o investimento na energética portuguesa traz “duas vantagerens” devido ao potencial de valorização dos títulos e ao reforço do balanço da empresa.
No que diz respeito ao reforço do balanço da EDP, o Goldman Sachs destaca a possibilidade que daria à empresa de expandir a presença nas energias renováveis, “Devido ao aumento do portefólio no horizonte (envolvendo a EDP Renováveis no Brasil) e à maior operacionalização de energia eólica offshore, mantemos a recomendação de compra da ação”.
A EDP apresenta os resultados do segundo trimestre no dia 3 de setembro, na qual deverá aparecer Miguel Stilwell de Andrade pela primeira vez enquanto CEO da empresa, que substituiu de forma interina António Mexia, que foi suspenso das suas funções no âmbito do ‘caso EDP’, no qual é arguido.
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