O pecado não parece ser dos mais profundos, nem do ponto de vista religioso nem político, mas a Justiça espanhola, vamos dizer castelhana, inabilitou Quim Torra para o cargo de presidente da Generalitat catalã porque ele não quis retirar um cartaz lá do sítio onde estava. Durante um ano e meio, o 131.º presidente da Generalitat da Catalunha, Quim Torra, um independente próximo do Junts Per Catalunya (de Carles Puigdemont, ainda exilado na Bélgica), não pode exercer funções.
Como consequência desta situação, Pere Aragonès, da Esquerda Republicana da Catalunha, (ERC), parceiro da coligação que governa a Catalunha, passa a ser vice-presidente com funções de presidente, tal como publicava nesta quarta-feira, 30 de setembro, o Diário Oficial da Generalitat da Catalunha.
Quarenta e oito horas após a inabilitação de Quim Torra, Aragonès convocou um conselho executivo extraordinário ao abrigo da lei da presidência, que aprovou o decreto que lhe confere os poderes de presidente. Mas não todos: Aragonès não pode convocar eleições, nomear e destituir conselheiros (os ministros) e submeter-se a moções de confiança.
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