O Chega defende a possibilidade dos docentes que sejam doentes de risco para covid-19 acederem à reforma, caso faltem apenas dois anos para completar a idade legal que é, atualmente, de 66 anos e 5 meses. Medida consta de um projeto de resolução que deu entrada na Assembleia da República nesta sexta-feira, 9 de outubro. E surge depois de secretário de Estado adjunto e da Educação ter dito recentemente que os professores que sejam doentes de risco, com direito a 30 dias de faltas justificadas por ano, não podem exercer funções em teletrabalho, tendo de meter baixa.
“Uma vez que, infelizmente, não se vislumbra ainda o fim da pandemia e o consequente regresso ao normal quotidiano a que sempre estivemos habituados, o Chega considera que é possível promover a passagem à reforma dos docentes que são doentes de risco para a covid-19, desde que estejam a apenas dois anos de reunir os requisitos necessários e indispensáveis para tal efeito”, propõe o Chega no projeto de resolução que deu hoje entrada no Parlamento.
Na exposição de motivos, o partido liderado por André Ventura recorda que poucas semanas após o arranque do ano letivo, o secretário de Estado adjunto da Educação, João Costa fez saber, que os professores que sejam doentes de risco para a covid-19 não poderão lecionar presencialmente.
“Estes mesmos docentes não poderão também lecionar em teletrabalho, como aconteceu no final do ano letivo passado, uma vez que este regime não está agora a ser aplicado ao sector da Educação”, frisa o Chega no projeto de resolução, recordando que entre estes profissionais considerados doentes de risco encontram-se, a título de exemplo, os diabéticos, hipertensos, doentes crónicos, doentes diagnosticados com obesidade, docentes com doenças autoimunes, entre outros.
Face à sua condição médica, o Chega acrescenta que estes docentes serão obrigados a recorrer a baixa médica, o que, diz, “servirá de justificação para o facto de não poderem laborar nas instituições de ensino”.
No diploma, André Ventura realça que “uma vez que, infelizmente, não se vislumbra ainda o fim da pandemia e o consequente regresso ao normal quotidiano a que sempre estivemos habituados”, o partido que lidera considera que é possível promover a passagem à reforma dos docentes que são doentes de risco para a covid-19, desde que estejam a apenas dois anos de reunir os requisitos necessários e indispensáveis para tal efeito.
Em 2020, a idade normal é de 66 anos e 5 meses. E em 2021, os trabalhadores terão de permanecer no mercado de trabalho mais um mês do que este ano, ou, então, enfrentar cortes pela sua antecipação.
O Chega sustenta que esta medida visa libertar para a reforma os professores que, praticamente, já concluíram o seu caminho laboral, garantindo que não passarão os dois anos finais em regime de baixa médica ao qual, numa situação normal, não teriam de recorrer.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com