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Como transformar a empresa numa segunda família?

O principal capital de cada empresa são as pessoas que a constituem e como tal, a conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal não se esgota apenas na parentalidade.
10 Outubro 2020, 08h44

A empresa do futuro é aquela que não se foca apenas na evolução da estrutura produtiva, mas que repensa todos os processos desde o nicho de actuação, passando pela forma de produção ou prestação de serviço.

Nesta empresa, o colaborador tem cada vez mais autonomia no seu dia-a-dia, ao mesmo tempo que assume mais responsabilidade e um papel relevante nas decisões da empresa. O papel da contratação ganha, assim, importância acrescida, pois é necessário contratar essencialmente paixão, iniciativa e pessoas com potencial para abraçar vários projectos e com características de auto-gestão bastante evidentes.

É aqui que se torna essencial o work-life balance. É importante que durante o período em que o colaborador está na empresa se sinta em casa, se identifique com a cultura e os valores da empresa, pois só desta forma poderá realizar o extra mile vital enquanto elemento diferenciador.

Uma das principais caraterísticas desta empresa é valorizar os seu activos, ou seja, os colaboradores, pois são estes que fazem a empresa crescer, através do seu trabalho, do seu conhecimento, da sua produtividade, e que elevam a prestação do serviço ao cliente final.

Neste sentido, a empresa moderna tem por base uma excelência de serviço ao cliente que se caracteriza por dar aos seus colaboradores formação adequada às suas necessidades. Não só na fase inicial, mas ao longo do tempo, a formação é essencial para que o conhecimento abranja cada vez mais colaboradores da empresa.

A motivação dos colaboradores é um fator essencial para a empresa moderna. Isto passa por uma comunicação clara, objectiva e acessível. Receber e dar feedback no dia-a-dia é fundamental. Por outro lado, o trabalho em equipa e uma liderança pelo exemplo é igualmente importante para que todos remem para o mesmo lado e se chegue a bom porto.

Como tornar a empresa numa “segunda casa”?

Dentre os fatores mais importantes, dois se destacam:

Incluir os colaboradores nas decisões da empresa, realizando uma comunicação assertiva, aberta e transparente. Uma empresa em que o colaborador faça parte da decisão é uma empresa que dá importância à opinião de cada elemento. Ao mesmo tempo, a comunicação com os pares e as chefias é algo que cada vez mais toma a sua importância, pois sendo um espaço onde o colaborador passa a maior parte do seu tempo, um bom ambiente de trabalho é fundamental.

Além disso, o papel dos RH passa por avaliar as necessidades formativas de cada colaborador e por conseguir adaptar a realidade de cada um ao plano de formação anual, sendo ajustado ao logo do ano. Por último, é ter um plano de carreira coerente, em que o colaborador se identifique, saiba qual é o caminho a percorrer, as suas virtudes e acções que deverá desenvolver. O work-life balance é cada vez mais importante nos dias actuais. A possibilidade de trabalhar remotamente ou/e de ter flexibilidade de horário é muito importante para que o colaborador consiga ter sucesso profissional e ao mesmo tempo dar apoio à família, elevando o bem-estar físico e psicológico.

Antes mesmo de iniciar funções na empresa, o colaborador deve ser preparado, sendo importante ter noção da história da empresa, qual a sua cultura e identificar-se com os valores da mesma. Desta forma, mesmo antes de passar pelo onboarding, é necessário ter esta preparação para que a adaptação a esta nova realidade seja mais natural. Por sua vez, o onboarding deve ser robusto, adequado a cada colaborador. Não deverão existir dois onboardings iguais, isto porque cada um tem de ser planeado em função da tarefa, da experiência profissional, das fraquezas iniciais, entre outros fatores.

Claro que para que a empresa seja considerada uma segunda casa requer um esforço diário de todos, que inclui: otimizar a comunicação diária, que hoje em dia é tão facilitada através das ferramentas que se encontram disponíveis e ao alcance de todos, tais como skype, teams ou mesmo o telemóvel. A comunicação também deve ser transparente e por isso é tão importante que existam reuniões diárias com as equipas e reuniões mensais com todos os colaboradores.

O principal capital de cada empresa são as pessoas que a constituem e como tal, a conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal não se esgota apenas na parentalidade, uma vez que a conciliação é importante para todos os colaboradores (para os que são pais, para os que cuidam dos pais ou dos avós, para os que são casados, solteiros, entre outros).

“Work-life balance” está a entrar no dicionário das empresas nacionais

É importante que exista uma barreira clara entre a vida pessoal e profissional, sendo que a empresa ao garantir o bem-estar dos seus funcionários está ao mesmo tempo a aumentar o compromisso, a dedicação, a diminuir o absentismo e os conflitos e a aumentar o sentimento de pertença à empresa.

Não existe uma fórmula exata, mas existem atitudes que a empresa pode adaptar para que o work-life balance seja conseguido de forma natural, tais como:

  • Definição de política de home office e flexibilidade de horários, excepto nos casos que exijam atendimento ao público/cliente. Isto exige do lado do colaborador um grande compromisso com a empresa e com os seus valores, de forma a atingir os objectivos da empresa;
  • O líder tem de ser alguém próximo, que consiga analisar e orientar o colaborador. Verificando as suas forças e fragilidades, ou seja, onde deverá melhorar, acompanhando, formando e dando as ferramentas necessárias para que consiga ter sucesso. Um colaborador feliz com a sua função e identificando-se com a cultura da empresa é um colaborador que estará completo e realizado na sua vida profissional e que se refletirá também na sua vida pessoal.
  • Não menos importante é o reconhecimento que a empresa dá ao colaborador, é a valorização do esforço realizado e, ao mesmo tempo, o feedback constante é muito importante para que o colaborador saiba o que empresa espera dele e o que poderá alcançar a médio prazo.

A crescente importância do salário emocional

O salário emocional é o principal pilar na gestão de talento, que está associado à remuneração do colaborador e que inclui questões não económicas, e cujo objetivo se prende em atender às necessidades pessoais, familiares e profissionais de cada trabalhador e, desta forma, melhorar a sua qualidade de vida e o seu bem-estar. O salário emocional consiste num fator motivacional e fortalece a imagem positiva da empresa. Corresponde a benefícios que completam a remuneração mensal, tais como:

  • Oportunidades de crescimento – na Anturio, desenvolvemos um plano de carreira à medida, onde encontramos as características que definem cada função e cada nível. Ao mesmo tempo, o que é esperado, em termos de autonomia, resolução e iniciativa.
  • Desenvolvimento pessoal e profissional – através de um esforço diário, a empresa promove o bem-estar dos seus colaboradores, dando a oportunidade de conseguir ser cada vez mais autónomo e, ao mesmo tempo, ter a oportunidade de assistir a formações regulares e adequadas a cada pessoa.
  • Ambiente agradável – a união é dos pilares da Anturio e, desta forma, promovemos diariamente o espírito de equipa e a união entre todos, mesmo com interesses e opiniões diferentes, conseguimos ter um excelente espírito de equipa.
  • Cultura e valores alinhados – os valores foram criados pelos colaboradores, de forma a que exista uma identificação clara dos mesmos. No momento da atração de talento também é um tema importante, pois no processo de recrutamento deixamos claro quais são os valores e como os mesmos se refletem no nosso dia-a-dia.
  • Equilíbrio entre a vida pessoal e profissional – um colaborador feliz é um colaborador que consegue equilibrar a vida pessoal e a vida profissional, é um colaborador que tem um sentimento de pertença ao grupo, à empresa, aos seus líderes e aos seu pares.
  • Fazer parte das decisões – a nossa liderança corresponde a uma liderança de proximidade, o que significa que todos os colaboradores fazem parte das decisões que são tomadas na empresa, seja direta ou indiretamente.
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