O endividamento do setor não financeiro da economia atingiu o recorde de 736,557 mil milhões de euros em agosto, mais 1.724 milhões de euros face a julho, segundo a informação hoje divulgada pelo Banco de Portugal.
Este valor é o mais alto desde o início desta série do Banco de Portugal, em 2007.
“Em agosto de 2020, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 736,6 mil milhões de euros, dos quais 334,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 402,2 mil milhões de euros ao setor privado”, lê-se na nota do Banco de Portugal que acompanha a informação estatística.
Face a julho de 2020, o endividamento do setor não financeiro aumentou mais de 1.700 milhões de euros, o que o banco central atribui à subida de 2.300 milhões de euros do endividamento do setor público, compensado em parte pela redução de 600 milhões de euros do endividamento do setor privado.
Já o aumento do setor público para 334,4 milhões de euros é atribuído à subida do endividamento face ao setor financeiro (1.500 milhões de euros) e face ao exterior (900 milhões de euros), parcialmente compensados pela redução do endividamento perante as próprias administrações públicas (200 milhões de euros).
No setor privado não financeiro, a descida para 402,1 milhões de euros deve-se à descida do endividamento das empresas (900 milhões de euros) devido queda do endividamento face ao exterior. Já o endividamento dos particulares perante o setor financeiro aumentou 300 milhões de euros.
Já na comparação homóloga, face a agosto de 2019, o endividamento do setor não financeiro da economia aumentou 14.928 milhões de euros para 736,557 mil milhões de euros.
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