A Galp registou 23 milhões de euros de prejuízo no terceiro trimestre, valor que contrasta com os 101 milhões de lucros registados em período homólogo, anunciou hoje a empresa.
Nos nove primeiros meses do ano, passou de um lucro de 403 milhões de euros em período homólogo para um prejuízo de 45 milhões.
O EBITDA ajustado (RCA) recuou 33% para 1,16 mil milhões de euros, “refletindo as condições de mercado mais adversas durante o período”, segundo a petrolífera.
O cash flow gerado por atividades operacionais (CFFO) recuou 45% para 794 milhões de euros até setembro, enquanto o free cash flow foi de 299 milhões de euros, excluindo a aquisição de projetos de energia solar.
No terceiro trimestre, a produção subiu 6% para 132 mil barris diários: em Angola recuou 7% para 11,8 mil barris diários, no Brasil subiu 8% para 120,2 mil barris diários
O investimento atingiu 724 milhões de euros, com a área de energias renováveis e de novos negócios a pesar 46% no total, depois do pagamento de 325 milhões de euros à ACS no terceiro trimestre para comprar 2,9 gigawatts de projetos de energia solar fotovoltaica em Espanha.
Já a produção de petróleo e de gás natural atingiu 35% do investimento total, “maioritariamente alocado à continuação do desenvolvimento dos projetos Tupi e Berbigão/Sururu, no Brasil, assim como os projetos da Área 4 em Moçambique”.
A dívida líquida da energética aumentou para 2,1 mil milhões de euros, “considerando os dividendos pagos a acionistas e a interesses minoritários, bem como o pagamento da transação dos projetos de solar”.
“A resiliência operacional da Galp e a competitividade do seu portfólio foram fundamentais para o nosso desempenho robusto no trimestre. Continuámos a desenvolver os nossos projetos de acordo com as orientações estratégicas, apesar das condições de mercado sem precedentes, posicionando a Galp como um player solar líder na Península Ibérica e promovendo o nosso crescimento sustentável”, disse o presidente da empresa, Carlos Gomes da Silva
A companhia diz que “o plano estratégico da Galp prevê a descarbonização gradual do seu portefólio. A ampresa estabeleceu objetivos de longo prazo para a redução da intensidade carbónica, alinhando o portfólio com a visão de neutralidade carbónica na Europa até 2050 e comprometendo-se a reduzir a intensidade das suas atividades em pelo menos 15% até 2030 (2017 como ano de referência)”.
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