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CEO da Pharol volta a ser administrador da Oi no Brasil

Luís Palha da Silva regressou à administração da Oi, dois anos depois de ter sido empurrado do board da operadora brasileira pelo Tribunal do Rio de Janeiro que tem o Processo de Recuperação Judicial da empresa. Entretanto em 2019 a Oi e seu acionista Pharol/Bratel chegaram a um acordo que pôs fim aos litígios e na última AG o CEO da Pharol voltou a ser administrador da Oi.
4 Novembro 2020, 12h14

Luís Palha da Silva, atual CEO da Pharol, ex-Portugal Telecom, foi eleito administrador da operadora brasileira Oi na Assembleia Geral do passado dia 16, confirmou ao Jornal Económico fonte da empresa.

É o regresso de Palha da Silva, dois anos depois de ter sido forçado a sair da administração da Oi pelo Tribunal  do Rio de Janeiro [tribunal que está com o plano de recuperação judicial da empresa].

Recorde-se que o presidente da Pharol, acionista da Oi através da Bratel, foi suspenso de funções na administração da operadora brasileira, em 2018. Na altura Luís Palha da Silva e Pedro Morais Leitão, então membros da administração da operadora de telecomunicações brasileira Oi através da Bratel – a subsidiária da Pharol no Brasil, estavam entre os administradores que foram suspensos de funções por decisão de um tribunal do Rio de Janeiro. À data a Bratel tinha cerca de 27% da empresa em recuperação judicial, posição que hoje está em cerca de 5,5%.

Mas depois disso, em janeiro de 2019, a Oi e seu acionista Pharol/Bratel chegaram a um acordo para o “encerramento e extinção de todo e quaisquer litígios judiciais e extrajudiciais”.

Após a renúncia de dois administradores, o board da Oi ganhou novos nomes no passado dia 16 de outubro. Entraram Luís Maria Viana Palha da Silva, indicado pela Pharol  e Mateus Affonso Bandeira, indicado pelo fundo de investimentos Polo (FIA, Polo Norte Master FIM, Polo Long Bias FIM e Polo Macro FIM. O Conselho de Administração da Oi tem assim 12 administradores com mandato até agosto de 2021.

A operadora brasileira tem como Chairman Eleazar de Carvalho Filho e como CEO Rodrigo Abreu, que substituiu Eurico Teles.

O Jornal Económico sabe que a entrada do português para o Conselho de Administração da Oi resultou de uma pressão bem sucedida da Pharol que é acionista da Oi, empresa em recuperação judicial, através da Bratel, com sede em Luxemburgo, que tem 5,5% e é o terceiro maior acionista.

Recorde-se que há uns meses a Goldentree Asset Management reduziu sua participação acionista na empresa brasileira. Segundo o comunicado ao mercado, a gestora passou de 9,79% para 4,68% da Oi. Atualmente, a Goldentree possui pouco mais de 271,28 milhões de ações ordinárias da Oi, segundo os jornais brasileiros. Em janeiro deste ano, a Goldentree já tinha diminuído a participação de 14,47% para 9,8%.

A Oi também possui outras participações relevantes de outros acionistas no seu capital. A Brookfield Asset Management, do Canadá, detém 6% das ações ordinárias da Oi.

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