A sociedade de capital de risco Faber anunciou esta quinta-feira que criou um novo fundo de investimento – Faber Tech II – para startups ibéricas que trabalhem com os dados e a informação. O fundo tem uma verba inicial de 20,5 milhões de euros, mas vai continuar em processo de fundraising em 2021 para atingir, pelo menos, os 30 milhões de euros.
“A conclusão com êxito da primeira fase de subscrição deste fundo permite-nos antever um crescimento na procura deste tipo de investimento, numa altura em que vivemos uma nova era na qual a transformação digital através”, afirma Alexandre Barbosa, fundador e managing partner da Faber, citado em comunicado.
A sociedade de venture capital portuguesa pretende, com este instrumento, investir em empresas em fase inicial (nas rondas conhecidas como “pré-series A”) que operem e se destaquem em áreas como a Inteligência Artificial (IA), machine learning ou Big Data.
É o caso das três primeiras startups que receberam investimentos no âmbito do Faber Tech II: a Sword Health (cuja ronda de financiamento de 15,6 milhões de euros contou com a participação da Faber), a YData (na qual liderou a ronda pré-seed) e a EmotAI.
Além de investidores privados (particulares e institucionais), o Faber Tech II tem como investidores-âncora o Fundo Europeu de Investimento (FEI) e a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) que, em conjunto, assumiram um compromisso de 15 milhões de euros ao abrigo do Plano Juncker e do programa Portugal Tech.
“O investimento em capital de risco é essencial no financiamento e crescimento das startups mais inovadoras. Este investimento, que é já o quarto no âmbito do programa Portugal Tech, vem reforçar o nosso compromisso firme de apoiar o ecossistema empreendedor Português e de atrair mais investidores privados para este mercado”, assinala o vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix.
O fundo é liderado por uma equipa independente composta por Alexandre Barbosa, Carlos Silva, Rui Melo de Carvalho e Sofia Santos e será gerido a partir de Lisboa através de um modelo assente na experiência e no conhecimento. Ou seja, a Faber desenvolveu uma rede de advisors composta por especialistas de vários segmentos de atividade e criou a figura de Professor-in-residence, a cargo de Mário Figueiredo, professor do Instituto Superior Técnico.
“O novo fundo aposta no empreendedorismo especializado como motor da inovação no médio-longo prazo, atraindo de fora e retendo em Portugal os talentos científicos e tecnológicos que estão a desenvolver e a aplicar estas tecnologias emergentes. Para apoiar este tipo de equipas, a nossa abordagem especializada é distintiva na Península Ibérica pois oferecemos aos empreendedores um ecossistema de apoio [de especialistas técnicos] dentro de outro ecossistema”, explica o gestor.
Segundo a equipa executiva, os próximos investimentos da Faber através do Faber Tech II estão a ser concluídos e serão anunciados “muito em breve”, sendo que existem outros investimentos do portefólio do fundo em análise.
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