Desde o início da pandemia que a CIP — Confederação Empresarial de Portugal, tem defendido instrumentos de capital ou de quase capital para a capitalização das empresas, porque entende que as “empresas portuguesas não precisam de mais endividamento”. “Em março, a CIP propôs a criação de um fundo de fundos, mas entretanto foi criado o Banco de Fomento”, disse esta tarde, o vice-presidente da associação dos patrões, Oscar Gaspar.
Em declarações à imprensa através da internet depois da apresentação dos resultados do inquérito “Sinais Vitais — Expectativas face a um futuro próximo”, realizado em parceria com o Future CastLab do ISCTE”, o responsável salientou a importância do Banco de Fomento no apoio à economia.
“Seria muito importante que entre em funcionamento pleno e assuma as suas competências e que funcione com um verdadeiro banco de fomento em Portugal”, vincou Oscar Gaspar.
O vice-presidente da CIP salientou que “praticamente” todos os estados membros da União Europeia têm um banco de fomento e que alguns deles deram “excelentes resultados na última década”. Por isso, o Banco de Fomento tem de ser implementado “desde já”. “Não podemos perder tempo”, vincou.
O Banco de Fomento nasceu oficialmente no passado dia 3 de novembro, tendo já um site próprio, apesar de ter arrancado sem administração, segundo noticiou o jornal “Eco”.
O banco tem atualmente um capital de 255 milhões de euros que resulta da soma das três sociedades que lhe deram origem — Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua, a PME Investimentos e a IFD, tal como explicou o ministro da Economia, que adiantou ainda que o capital foi “reforçado também com as participações que outras entidades públicas entregam no capital da Portugal Ventures e da Turismo Fundos”.
Nascido com a missão de “promover a modernização das empresas e o desenvolvimento económico e social do país”, o Banco de Fomento já realizou uma operação de levantamento de financiamento junto do Banco Europeu de Investimento (BEI) de mil milhões de euros, dos quais 340 milhões já estão disponíveis.
Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, disse, em audição parlamentar no dia 6 de novembro, que o Banco de Fomento tem um rácio de capital “robustíssimo” que lhe permite realizar “operações significativas nos próximos tempos ainda antes de ser necessário o reforço do seu capital”.
Na semana passada, o ministro admitiu a possibilidade de o Banco de Fomento fazer empréstimos convertíveis em capital. “Isso pode ser“, disse Pedro Siza Vieira em no Twitter do PS, no passado dia 11 de novembro.
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