Mais de 73% das universidades antecipam quebras futuras nas receitas, segundo um estudo realizado pelo Banco Santander, em conjunto com a Associação Internacional de Presidentes Universitários (IAUP), divulgado esta quarta-feira, 25 de novembro.
Segundo o inquérito “Resposta das lideranças à Covid-19”, realizado a cerca de 700 reitores de 90 países, entre os quais Portugal, sobre os efeitos da pandemia nas instituições de ensino, 59% das instituições esperam uma redução na inscrição de estudantes e 49% preveem novos desafios na angariação de fundos.
Ao mesmo tempo, 45% dos dirigentes académicos prevê a necessidade de aumentar o apoio financeiro a alunos e um maior investimento em infraestruturas relacionadas com a capacidade tecnológica das universidades. O desenvolvimento de programas de educação contínua e o à empregabilidade dos estudantes e ao empreendedorismo também figuram entre as prioridades.
Na América e na Europa, a prioridade número um é o apoio financeiro aos estudantes, já as universidades da Ásia e da Oceânia estão mais focada no investimento em infraestruturas e, em África e no Médio Oriente, a aposta vai para a promoção da empregabilidade de estudantes e licenciados.
A Covid-19 também está a afetar profundamente a colaboração das universidades com o setor empresarial, com 56% dos estabelecimentos de ensino a anteciparem uma queda nesta cooperação.
Os reitores parecem estar, pelo menos temporariamente, focados num amplo modelo de internacionalização, expandindo os seus programas de “mobilidade virtual” e sublinhando a importância de parcerias entre instituições de ensino. Os reitores veem o futuro académico com uma clara tendência para modelos de formação que combinam online (67%), híbrida (70%) e presencial (71%) ou métodos alternativos (66%).
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