O ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Witold Waszczykowski, adianta que Portugal está alinhado com a Hungria e Polónia para que o respeito pelo Estado de direito deixe de ser um pré-requisito para os Estados-membros da União Europeia (UE) terem acesso à “bazuca” europeia.
Em entrevista ao “Público”, o governante polaco adianta que Portugal terá sido “muito crítico”, nas reuniões preparatórias do Conselho Europeu (cujas atas não são divulgadas) em relação ao mecanismo de salvaguarda do Estado de Direito. A Itália, República Checa, Eslováquia, Bulgária e Croácia terão também manifestado dúvidas e criticaram a iniciativa de condicionar os fundos europeus ao Estado de direito.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português assegura, no entanto, que o respeito pelo Estado de Direito “sempre foi uma linha vermelha” para o Governo de António Costa e nega que Portugal tenha abandonado essa posição. Diz, porém que “a posição do Governo foi sempre de disponibilidade para encontrar uma solução que permitisse alcançar um acordo global em que todos os estados-membros se revissem, que respeitasse o equilíbrio de um consenso – sempre difícil numa União a 27”.
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