Ford anuncia reforço no investimento em carros elétricos e estabelece novas metas para 2030

A Ford anunciou que vai aumentar os gastos no desenvolvimento da tecnologia e produção de veículos elétricos (VE) em mais de um terço e disse que pretende ter 40% do seu volume global de vendas totalmente elétrico até 2030, segundo a “Reuters”.

O plano anunciado pela fabricante automóvel norte-americana, com o nome ‘Ford +’, tem como principal objetivo que os investidores valorizem a gigante do sector automóvel como uma empresa de tecnologia. A segunda maior fabricante de automóveis dos EUA disse que espera gastar mais de 30 mil milhões de dólares (24,6 mil milhões de euros) em eletrificação, incluindo o desenvolvimento de baterias, até 2030, acima da sua meta anterior de 22 mil milhões de dólares (18 mil milhões de euros).

“Esta é a nossa maior oportunidade de crescimento e criação de valor desde que Henry Ford começou a produzir o Modelo T”, disse o presidente-executivo da Ford, Jim Farley. “A nossa ambição é liderar a revolução elétrica”, diz.

A Ford e outras fabricantes globais estão numa corrida para mudar os seus modelos de veículos movidos a gasolina para energia elétrica sob pressão de regiões como Europa e China para reduzir as emissões. O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu 174 mil milhões de dólares (142,7 mil milhões de euros) para impulsionar a produção, vendas e infraestrutura de VE dos EUA.

A meta de vendas da Ford para 2030 traduz-se em mais de 1,5 milhões de VE’s, com base nas vendas do ano passado. Em comparação, a rival General Motors tem como meta vendas anuais de mais de 1 milhão de veículos elétricos nos Estados Unidos e na China até 2025.

A Ford disse que também terá como objetivo desenvolver baterias de VE sob a marca “IonBoost”, de versões de íon-lítio a fosfato de íon-lítio para veículos comerciais e, eventualmente, baterias de estado sólido de baixo custo em parceria com a startup Solid Power, na qual a montadora investiu.

Na semana passada, a fabricante automóvel anunciou um memorando de entendimento para formar uma joint venture de baterias com a SK Innovation da Coreia do Sul, para produzir células de bateria em duas fábricas nos EUA.