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Israel e Egito iniciam negociações sobre Gaza na próxima semana

O chefe da diplomacia de Israel, Gabi Ashkenazi, vai deslocar-se ao Cairo para promover conversações bilaterais sobre o futuro do território do Hamas. Os dois países preparam uma cimeira a que se juntarão a Autoridade Palestiniana e os Estados Unidos.
Orçamento da defesa: 4 mil milhões de dólares
27 Maio 2021, 17h40

Os dois países já estiveram em guerra declarada um com o outro, mas os tempos parecem agora de negociação: o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gabi Ashkenazi, desloca-se ao Egito no início da próxima semana para conversar com o governo de Abdul Fatah Khalil Al-Sisi sobre o recente acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A intenção é a de encerrar os combates entre Israel e o movimento Hamas, que controla o enclave – que faz fronteira com o Egipto.

shkenazi encontrar-se-á com diversos níveis do governo egípcios para debater o fortalecimento dos laços bilaterais e os planos de reconstrução da Faixa de Gaza após a devastação do conflito mais recente.

O Egipto foi fundamental para garantir o cessar-fogo que encerrou o surto militar de 11 dias, numa altura em que todos os restantes países que pretenderam ter algum protagonismo foram mal-sucedidos – entre eles a Turquia e em certa medida os Estados Unidos.

Membros do Conselho de Segurança Nacional e do Bureau Político-Militar do Ministério da Defesa israelitas acompanham o ministro, para desenvolver conversações em diversos planos. O objetivo final da visita é o de promover uma cimeira conjunta no Cairo entre Israel, a Autoridade Palestiniana, o Egipto e os Estados Unidos.

Entretanto, Yahya Sinwar, oficial do Hamas que assume um lugar próximo do de governador do Hamas em Gaza, disse esta quarta-feira, citado pelos jornais israelitas, que o líder do movimento, Ismail Haniyeh, foi convidado pelos egípcios a visitar o Cairo “nos próximos dias” – sendo certo que em princípio a intenção não é que os dois visitantes se encontrem.

O Egipto espera chegar a um acordo sobre a reconstrução de Gaza, bem como a um cessar-fogo que dure a longo prazo – mas também introduzirá a questão do regresso dos corpos de dois soldados das Forças Armadas Israelitas detidos pelo Hamas há quase sete anos.

Atualmente, esforços diplomáticos estão em andamento para solidificar a frágil trégua negociada pelo Egipto – que enviou delegações a Tel Aviv e Gaza para vigiar a implementação do cessar-fogo e coordenar a ajuda internacional ao enclave.

Recorde-se que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, visitou o Egipto e a Jordânia na passada quarta-feira, encerrando uma ronda de dois dias pelo Oriente Médio com o mesmo objetivo de reforçar o cessar-fogo.

Blinken encontrou-se com o rei Abdullah II da Jordânia depois de ter estado com Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, tendo dito na altura que “garantir o cessar-fogo foi importante, principalmente por causa da devastadora violência que atingiu as famílias de ambos os lados”.

 

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