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Fentanil, a droga que já é uma epidemia nos EUA chegou a Portugal

O fentanil é uma droga, pelo seu efeito intenso e alto grau de adição, 50 vezes mais poderosa do que a heroína. No EUA e no Canadá o consumo desta substância é já um grave problema de saúde pública.
11 Janeiro 2018, 10h52

Uma droga 50 vezes mais potente do que a heroína começa a circular a em Portugal, o fentanil. Segundo a revista “Sábado” desta quinta-feira, o opioide é já um problema de saúde pública nos Estados Unidos e Canadá, com mortes por overdoses sem precedentes.

Em Portugal, o fentanil é um fármaco utilizado em procedimentos médicos desde 1967, enquanto potente analgésico para o tratamento da dor. Sendo uma substância psicoativa do grupo dos opioides, tem um alto grau de adição. Com um efeito rápido e intenso, a substância é utilizada com extrema precaução médica por acarretar um elevado risco de sobredosagem.

Será, por isso, a sensação de relaxamento e bem-estar físico estará na origem da utilização deste fármaco enquanto droga.

À “Sábado, o fundador do centro de desintoxicação das Taipas demonstrou-se preocupado com o noticiado pela revista, por poder indiciar algo mais grave em Portugal. “É uma péssima notícia, pelos riscos que envolve. Em regra, o acesso ao fentanil é muito controlado. Se aparece na noite pode ser uma de duas hipóteses: ou um desvio, ou comércio pela Internet, que obviamente facilita a acessibilidade”, explicou Luís Patrício.

A origem desta droga “nas ruas” tem origem nos 16 mercados da darknet, estabelecidos na União Europeia entre 2011 e 2015, de acordo com um relatório do Observatório Europeu, publicado em novembro de 2017 e citado pela “Sábado”.

Nos Estados Unidos, o fentanil tornou-se o principal inimigo público dos médicos depois de se registarem mais de 20 mil mortes, em 2016. A substância é também apontada como a causa da morte do cantor Prince. No Canadá, segundo a “Sábado”, que falou com João Goulão, diretor-geral do SICAD (Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e das Dependências), que esteve naquele país a fazer pesquisa sobre a propagação da droga, há em Vancouver um “Casal Ventoso” canadiano.

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