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Curva de Philips: economistas questionam se a regra continua a fazer sentido

Na reunião anual de economistas norte-americanos, que teve lugar na semana passada, o grupo debateu como a recuperação económico não tem levado a aumentos nos salários, nos anos que se seguiram à crise económica e financeira.
REUTERS/Kevin Lamarque
15 Janeiro 2018, 20h07

Há mais de cinco décadas que os economistas usam a curva de Phillips para ilustrar a relação entre o desemprego e a inflação salarial. Em termos conceptuais, a teoria, amplamente ensinada nos cursos de economia, sempre foi questionada, mas agora a realidade parece reforçar as vozes mais críticas, entre elas, a Associação Norte-Americana de Economia (AEA).

Na reunião anual de economistas norte-americanos, que teve lugar na semana passada, o grupo debateu como a recuperação económico não tem levado a aumentos nos salários, nos anos que se seguiram à crise económica e financeira.

“A curva de Phillips foi uma ideia incrível”, afirmou Robert Hall, citado pela agência Bloomberg. No entanto, o professor da Universidade de Stanford na Califónia, que preside ao Gabinete Nacional de Investigações Económicas, defendeu que o indicador já é capaz de prever as tendências, apesar das atualizações que sofreu ao longo dos tempos.

A principal crítica dos economistas terá sido, segundo a agência, é que a Reserva Federal norte-americana, tal como outros bancos centrais, continuam a dar como certo que descidas no desemprego estão diretamente correlacionadas a acelerações na inflação e aumentos dos salários.

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