O que está na origem destes desmoronamentos?
Os desmoronamentos são muito variáveis no espaço e no tempo, dependendo de inúmeros factores, como a intensidade e frequência da ação de agentes climáticos, a fraturação e o tipo de rocha em que a arriba é talhada, a ocupação humana, a presença de vegetação, a vibração, a sismicidade, entre outros.
É possível prever um acidente deste género?
A ciência nacional e internacional não tem ainda capacidade de prever quer a data da ocorrência, quer o local onde poderá ocorrer um fenómeno desta natureza, cujo nível de previsão é idêntico ao dos sismos, pode ler-se no documento “Geodinâmica, Ocupação e Risco na Praia Maria Luísa”, elaborado pela Administração da Região Hidrográfica do Algarve.
Qual foi até hoje o acidente mais grave relacionado com a queda de arribas em Portugal?
Foi o que ocorreu na praia Maria Luísa há sete anos, em agosto de 2009, quando o desmoronamento de uma arriba causou a morte a cinco pessoas que estavam na sua base. As arribas da praia Maria Luísa têm uma altura média de 12 metros.
O que devem as pessoas fazer para não se exporem a riscos nas praias?
Devem acatar os conselhos inscritos nos sinais de alerta existentes nas praias. Isso significa afastarem-se para uma distância segura das arribas. Essa distância é em geral calculada em relação à altura da arriba. A distância segura é 1,5 vezes a altura da arriba. Pelo facto da evolução natural das arribas constituir uma situação de risco para pessoas e bens, um estudo da Faculdade de Ciências recomenda medidas de carácter preventivo como a demarcação de zonas, a colocação de sinaléctica e a realização regular de inspecções.
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