Um ano de renda. São estes os valores que se estão a pagar para se poder obter casa em Portugal, conta o “Diário de Notícias” (DN) na sua edição desta sexta-feira.
Marta C., mediadora na zona de Lisboa, Sintra, Cascais e Oeiras, em declarações ao “DN”, refere que “cada vez mais são oferecidos valores à cabeça que variam entre meio ano e um ano de renda, fazem-no portugueses e estrangeiros para passar a concorrência, mas também para mostrar a sua disponibilidade para ocupar o imóvel por vários meses”.
No entanto, não basta mostrar poder compra para conseguir pagar os valores pedidos pelos proprietários, é preciso também ser criativo para ultrapassar a concorrência. Nuno Gomes, da Remax Prestige, conta ao mesmo jornal que “as propostas são cada vez mais floreadas, porque os candidatos a arrendamento sentem que não basta oferecer o que é pedido, é necessário reforçar a proposta”.
A escassez de casas para arrendar é de tal ordem que Nuno Gomes afirma que o que aparece desaparece num ápice. “Neste momento, tenho uma base de clientes em espera tão grande que basta libertar um imóvel para arrendamento de manhã que à tarde já tem ocupante”, diz, sublinhando que num só dia chega a receber mais de 70 propostas.
Atualmente, em Lisboa, o valor médio das rendas é de 9,62 euros por metro quadrado, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Já os gastos com a habitação consomem, em média, cerca de 35% do orçamento das famílias portuguesas.
Em 2017, foram realizados 84.383 novos contratos de arrendamento, dos quais 28.305 aconteceram em Lisboa, com um preço médio de 6,06 euros por metro quadrado. Na cidade do Porto foram feitos 17% destes novos contratos a um preço médio de 6,77 euros por metro quadrado.
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