Ainda não foi desta que a Moody’s tirou Portugal do ‘lixo’. Ao contrário das expetativas de economistas e analistas, a agência de notação financeira manteve o rating e a perspetiva da República inalterados em Ba1 (positiva), ou seja, no primeiro grau especulativo.
A agência não publicou qualquer relatório sobre Portugal esta sexta-feira, tendo atualizado apenas o calendário de avaliações. As datas são apenas indicativas e as agências podem simplesmente não se pronunciar sobre os países.
No entanto, a ausência de notícias acabou por ser inesperada, dado que a expetativa era de um upgrade. A Moody’s foi a segunda agência a sinalizar que Portugal estava a reconquistar a confiança internacional (depois da Fitch) quando, em setembro de 2017, passou a perspetiva do rating para ‘positiva’, de ‘estável’. A notação ficou em Ba1 (grau especulativo) e acabou por ser ultrapassada pelas pares.
A partir daí, foram só surpresas. No mesmo mês, a Standard and Poor’s tirou Portugal do ‘lixo’ sem sequer passar o outlook para ‘positivo’ e, em dezembro, a Fitch não só o fez como subiu o rating de Portugal em dois níveis.
Depois do balde de água fria, a agência Moody’s voltará a ter uma nova oportunidade de avaliar Portugal apenas a 12 de outubro. Antes, ainda há avaliações pela Fitch (a 1 de junho) e da Standard and Poor’s (a 14 de setembro).
A noite de sexta-feira não terminou, no entanto, sem boas notícias para o rating de Portugal. A canadiana DBRS – a quarta maior e a única das principais que manteve Portugal em grau de investimento durante a crise – subiu o rating de Portugal num nível para BBB, face a anterior BBB (low).
[Notícia atualizada às 22 horas]
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