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PS posiciona-se como “partido-charneira” do sistema político

O PS de António Costa já celebrou acordos com o BE, PCP, PEV e PSD. Acrescem os entendimentos com o PAN e a coligação com o Livre na autarquia de Lisboa. Só falta o CDS-PP. Como se explica este fenómeno?
27 Abril 2018, 09h21

No início da XIII Legislatura, o PS firmou acordos de incidência parlamentar com o BE, o PCP e o PEV. Mais recentemente, estabeleceu acordos com o PSD no âmbito de duas matérias políticas: descentralização e fundos comunitários. O PS assume desta forma uma posição central no sistema político, uma espécie de “partido-charneira” com o qual todos os outros podem negociar acordos ou formar eventuais coligações? “A atual situação resulta de um contexto político e económico específico, ou seja, a conjuntura desempenha um papel determinante para o atual posicionamento central do PS no sistema político português”, responde Bruno Ferreira Costa, professor de Ciência Política na Universidade da Beira Interior.

“O maior destaque resulta do facto de o PS não ter ganho as eleições legislativas de 2015 e, mesmo assim, se assumir como o partido condicionador dos acordos políticos da atual legislatura. O forte impacto do período de intervenção da troika constituiu um aglutinador do posicionamento dos partidos mais à esquerda, criando-se as condições propícias para um governo liderado pelo PS com o apoio inédito dos seus parceiros de esquerda. Por outro lado, a anterior experiência de António Costa na Câmara Municipal de Lisboa contribuiu, de forma decisiva, para o estabelecer de pontes com o BE e a CDU, desbloqueando décadas de afastamento histórico entre os partidos de esquerda”, explica Ferreira Costa.

Artigo publicado na edição semanal do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

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