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Dia da Saúde Mental: Feedzai dá um dia por mês para bem-estar ou licença menstrual

A medida abrange todos os colaboradores e não tem impacto salarial. O objetivo é que os trabalhadores possam dedicar esse tempo ao autocuidado de sintomas de saúde física, mental ou relacionados com a menstruação ou menopausa.
10 Outubro 2022, 09h30

Esta segunda-feira, 10 de outubro, celebra-se o Dia Internacional da Saúde Mental e a tecnológica luso-americana Feedzai aproveitou a ocasião para anunciar que implementou uma nova medida em prol do bem-estar dos seus colaboradores. Todos os trabalhadores podem tirar um dia por mês, sem impacto salarial, para o cuidado de sintomas menstruais, de menopausa ou relacionados com a promoção da saúde física e mental.

O benefício (perk) não requer a apresentação de atestado médica nem a divulgação do motivo pelo qual se está a tirar a licença. A decisão surge depois de a empresa perceber que existiam trabalhadores que poderiam estar a sofrer de contrariedades ao nível da sua saúde mental, TPM (tensão pré-menstrual), menstruação ou menopausa e sucede à implementação da semana de quatro dias de trabalho por semana durante o mês de agosto.

“Queremos promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e seguro, assegurando que satisfazemos as necessidades dos nossos colaboradores e lhes damos as condições necessárias para prosperarem e serem bem-sucedidos”, garante Dalia Turner, vice-presidente de pessoas da Feedzai, em comunicado divulgado aos meios de comunicação social.

Dalia Turner diz que o quarto unicórnio português tem consciência de que a saúde mental e a menstruação “podem ser um tema desconfortável”, “tabu no local de trabalho” ou mesmo estigma ou “motivo de vergonha”. “É importante aumentar a sensibilização para estes temas e assegurar que as nossas pessoas saibam que os apoiamos”, assegura a profissional de Recursos Humanos.

Segundo a Harvard Business Review, metade dos millennials e 75% da geração Z deixaram os seus postos de trabalho no passado por motivos associados à saúde mental, tanto voluntária como involuntariamente, em comparação com 34% dos inquiridos em geral. Além disso, de acordo com dados da Organização Mundial de Endometriose, existem 176 milhões de pessoas que sofrem com esta doença em todo o mundo, sendo que em Portugal a patologia afeta uma em cada dez mulheres.

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