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Quebra das exportações pesou na economia portuguesa. PIB cresceu 2,1% no primeiro trimestre

“A procura externa líquida apresentou um contributo mais negativo para a variação homóloga do PIB”, explica o relatório do INE, publicado esta quarta-feira, que confirma a desaceleração da economia nacional nos primeiros três meses de 2018.
30 Maio 2018, 11h00

O Produto Interno Bruto de Portugal expandiu 2,1%, em termos homólogos, no primeiro trimestre do ano, penalizado pela desaceleração das exportações, que não compensou as importações. Os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam a estimativa conhecida há duas semanas.

O valor da comparação homóloga representa uma desaceleração face aos 2,4% registados no quarto trimestre de 2017. A variação trimestral, ou seja, em cadeia, foi de 0,4%, acrescentou o INE.

“A procura externa líquida apresentou um contributo mais negativo para a variação homóloga do PIB”, explica o relatório. O contributo negativo passou para 0,4 pontos percentuais, de 0,1 pontos negativos no quarto trimestre, sendo que as exportações de bens e serviços desaceleraram (para 4,6% no primeiro trimestre de 2018, de 10,1% no mesmo período do ano anterior) mais que as importações (para 5,4% de 9%).

“O contributo da procura interna aumentou ligeiramente para 2,6 pontos percentuais (2,5 p.p. no 4º trimestre), refletindo a ligeira aceleração do consumo final e do Investimento”, refere.

O ligeiro aumento na procura interna esteve relacionado com as existências (entrada menos a saída de bens e serviços em inventário). Por outro lado, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) abrandou, especialmente na construção, e travou o indicador.

“Comparativamente com o quarto trimestre de 2017, o PIB aumentou 0,4% em termos reais (0,7% no trimestre anterior). O contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi negativo (-0,3 p.p.), contrariamente ao registado no trimestre anterior (0.5 p.p.), observando-se um crescimento das Importações de Bens e Serviços e uma estagnação das Exportações de Bens e Serviços”, explicou o INE.

Face ao trimestre anterior, o contributo da procura interna situou-se em 0,8 pontos percentuais, mais 0,5 pontos que nos últimos três meses do ano passado, “em resultado da aceleração do consumo privado e da FBCF”.

[Notícia atualizada às 11h35]

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