A Galp está a perder esta terça-feira 5,52% para 9,55 euros na bolsa de Lisboa. A queda acontece depois de a cotada ter anunciado que o fornecimento de gás natural a partir da Nigéria pode vir a ser interrompido.
Na noite de segunda-feira, a companhia liderada por Andy Brown anunciou que a Nigeria LNG Limited, o seu maior fornecedor de gás natural, informou que, por motivos de força maior (cheias na Nigéria), a produção e abastecimento de gás natural liquefeito tinha sofrido uma “redução substancial”.
“Neste momento, nenhuma informação foi providenciada que apoie uma avaliação de impactos potenciais deste evento, que pode, contudo, resultar em cortes adicionais ao abastecimento da Galp”, segundo o comunicado da empresa.
A Galp disse também lamentar o “impacto humanitário” causado pelas cheias e que vai continuar a “monitorizar a situação atentamente, informando de qualquer desenvolvimento material”.
A force majeure é invocada num contrato quando tem lugar algum evento extraordinário (como guerras, motins, pandemia ou cheias) que obriga à interrupção do serviço. Esta cláusula prevista neste tipo de contratos impede que o cliente seja recompensado por perdas.
Em reação, também na noite de segunda-feira e menos de duas horas depois do comunicado da Galp, o ministério do Ambiente e da Ação Climática veio a público garantir que não tem nenhuma informação que possa existir corte de gás da Nigéria.
A tutela informou que “não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria. Mesmo que tal acontecesse, não há escassez no mercado”.
O ministério de Duarte Cordeiro deixou mesmo críticas à Galp. “Qualquer informação alarmista é desadequada, ainda mais em tempos de incerteza global”.
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