A saída do Reino Unido da União Europeia reduziu o valor potencial das exportações de mercadorias para a Europa em 16%, e das exportações da UE para Londres em 20%, revela um estudo irlandês sobre os fluxos reais de mercadorias pós-2020.
O Instituto de Pesquisa Económica e Social (ESRI) em Dublin, citado pelo “Politico”, compilou dados utilizando um modelo híbrido que combinou dados do Reino Unido e da UE. Os investigadores partiram do pressuposto que, se o Brexit não tivesse acontecido, os níveis de importação e exportação do Reino Unido com parceiros europeus teriam espelhado de perto o desempenho comercial interno relativamente mais forte da UE no ano passado. Em vez disso, a ESRI descobriu que o comércio sofreu em ambas as direções, mas de maneiras significativamente diferentes.
Embora o Reino Unido tenha imposto poucas restrições regulatórias pós-Brexit às importações da UE, as exportações britânicas agora enfrentam verificações alfandegárias e sanitárias completas da UE que aumentam os custos e atrasos, tornando os produtos menos lucrativos.
A ESRI apurou que os exportadores do Reino Unido estavam a perder oportunidades e participação de mercado na maioria dos países da UE, mais notavelmente com o seu parceiro comercial mais próximo, a Irlanda, onde o valor dos produtos britânicos no ano passado recuaram 40% em relação ao modelo sem Brexit. Outras quedas acentuadas incluíram Espanha (32%), Suécia (25) e Alemanha (24). O único membro da UE a registar quaisquer ganhos de importação do Reino Unido no modelo da ESRI foi o Luxemburgo, com um aumento de 76%.
Por outro lado, apenas dois países da UE conseguiram ganhos acima das expectativas nas exportações para o Reino Unido: Letónia (38%) e Chipre (33).
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