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Marques Mendes: Montenegro “pode ser primeiro-ministro em 2026”

O social democrata tem vários fatores a seu favor, como a saída de António Costa, o desgaste de 11 anos de governação socialista e o tempo a seu favor para criar uma alternativa credível, indica o antigo líder do PSD sobre o novo.
23 Outubro 2022, 22h02

Em jeito de balanço dos primeiros 100 dias de mandato de Luís Montenegro como líder do PSD, Luís Marques Mendes, disse que o político esteve bem até agora e que “pode ser primeiro-ministro em 2026” por ter vários fatores a seu favor, como a saída de António Costa, o desgaste de 11 anos de governação socialista e o tempo a seu favor para criar uma alternativa credível.

No seu espaço de comentário na SIC, Marques Mendes refere que Montenegro conseguiu unir o partido, ser assertivo no discurso, e credível ao fazer acordo com o Governo no aeroporto. Assim, está a subir lentamente nas sondagens. Contudo, “a sua vida é difícil porque há 7 anos, desde 2015, que o PSD não ganha uma eleição nacional”.

Ademais, tem outro problema pela frente: o Orçamento de Estado para 2023 (OE2023), que é “mais fácil de contestar à esquerda. Mesmo assim, o PSD não deve cometer o erro de criticar a política de contas certas. Seria dar o dito pelo não dito”. Assim, defende que o partido “deve colocar as suas críticas noutros dois pontos: a falta de ambição no plano económico e a desigualdade no plano social”.

Outro desafio é recuperar dois grupos eleitorais fortes que o PSD perdeu no tempo da troika: os funcionários públicos e os pensionistas. “Não é fácil. Mas ultimamente o Governo ajudado”, salvaguarda Marques Mendes.

“A vantagem de Montenegro está no calendário e nas circunstâncias políticas: pode ser primeiro-ministro em 2026”, salvaguarda, começando por mencionar que tem o tempo a seu favor para construir uma “alternativa como deve ser”.

Em segundo lugar, “já não vai ter António Costa como adversário. O primeiro-ministro sairá da liderança do PS antes das próximas legislativas e surgirá um novo líder”. Para Marques Mendes, este fator “faz toda a diferença” porque disputar eleições sem o incumbente Costa “é mais fácil”.

Em último lugar, conclui, #em 2026, o PS estará profundamente desgastado. Neste momento já começa a estar. Imagine-se em 2026, ao fim de 11 anos de governação. É o que sucede com ciclos longos. Foi também assim no cavaquismo”.

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