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Chega “estranha” forma como Alexandra Reis chegou ao Governo

André Ventura revelou que o Chega quer perceber porque foi paga uma indemnização de 500 mil euros à atual secretária de Estado do Tesouro e anunciou a entrega de um requerimento para chamar ao Parlamento, Fernando Medina, Pedro Nuno Santos, Alexandra Reis e a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener.
26 Dezembro 2022, 12h52

O Chega classifica de “estranha” a forma como a atual secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, ingressou no Governo depois de sair da TAP. Esta foi a principal nota deixada pelo líder do partido, André Ventura, em resposta à mensagem de Natal do primeiro ministro, António Costa, no domingo.

“Não temos informações suficientes e seria imprudente dizer que estão em causa crimes de qualquer natureza neste caso. Mas é estranho, que alguém por renúncia saia de uma empresa pública, receba milhares de euros de indemnização e vá para uma empresa pública na mesma área e pouco tempo depois vá para o Governo”, referiu.

Alexandra Reis entrou para a TAP em setembro de 2017, tendo sido nomeada nomeada administradora da companhia em 2020, mas em fevereiro do ano passado deixou o cargo, sendo compensada com uma indemnização de 500 mil euros.

Contudo, em junho do mesmo ano a atual secretário de Estado do Tesouro foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV).  “Será que aconteceu o mesmo com outras entidades que saíram da TAP? Terão recebido o mesmo valor de indemnizações?”, questionou André Ventura.

O líder do Chega realçou que o partido esperou um esclarecimento sobre este caso, mas que até ao dia de hoje, quer através dos veículos parlamentares ou da comunicação social, várias questões continuam sem resposta.

“Por isso, o Chega entregou hoje um requerimento para chamar ao Parlamento o senhor ministro das Finanças, Fernando Medina, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a senhora secretária de Estado do Tesouro [Alexandra Reis] e a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener”, afirmou.

André Ventura adiantou também que o Chega já enviou uma denuncia à Inspeção Geral de Finanças para que seja desenvolvida uma investigação sobre esta matéria.

“É importante que não só o Parlamento, mas os portugueses saibam que acordos a TAP fez para cessar funções, porque esses acordos estão a ser pagos quase a 100% pelo nosso dinheiro”, salientou o líder do partido.

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