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Madeira: BE acusa Miguel Albuquerque de ignorar “grave problema demográfico” da Região

A bloquista salienta que tudo isto acaba por ter reflexo na quebra da natalidade da Região, que desde 2009, ou seja, há quase 13 anos, tem um saldo natural negativo.
Alex Grimm/Reuters
4 Janeiro 2023, 17h28

A coordenadora regional do Bloco de Esquerda-Madeira, Dina letra, acusou, esta quarta-feira, o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, de ignorar o “grave problema demográfico” da Região, destacando que numa década, aproximadamente o mesmo tempo de governação de Miguel Albuquerque, a Região perdeu 17 mil  habitantes, ou seja, quase 6,5% da sua população.

“O Bloco de Esquerda entende que este facto deve pôr-nos todos a reflectir sobre que futuro queremos para a nossa terra e será isso que faremos e que consagraremos no nosso programa eleitoral para as regionais deste ano.
Sabemos que muitos destes 17 mil são jovens, muitos com habilitações e formação superior ou altamente qualificados e que foram embora para escapar da precariedade de sucessivos estágios ou programas de emprego ou contratos temporários, muitos em empresas de empresários de sucesso, para fugir de salários de miséria e para poder construir uma vida pessoal, profissional e familiar”, apontou Dina Letra.

A coordenadora do BE-Madeira culpa Miguel Albuquerque, bem como o PSD-Madeira, de perder a geração mais qualificada de sempre e de permitir, ou pelo menos incentivar, uma políttica de emprego no estágio, no IAS e nos baixos salários.

Dina Letra realça que o salário e a estabilidade laboral têm um peso forte na vida das pessoas e na tomada de decisões, destacando que por isso, para o Bloco de Esquerda, é tão importante uma revisão da legislação laboral “que reverta tantas anomalias e atropelos à vida profissional e pessoal das trabalhadoras e dos trabalhadore”s.

“E é por isso tão importante que o Governo Regional faça pleno uso dos instrumentos que a autonomia lhe confere, e que estipule, por exemplo, um salário mínimo regional ou tabelas de IRS idênticas às dos Açores, que são bem mais favoráveis para quem trabalha, ou que estenda a todos o subsídio de insularidade de 2%”, frisa.

A bloquista salienta que tudo isto acaba por ter reflexo na quebra da natalidade da Região, que desde 2009, ou seja, há quase 13 anos, tem um saldo natural negativo.

“A resposta tem sido dada, todos os anos, há 13 anos, pelo orçamento regional do PSD-M: nenhuma medida, nada, zero. Pura e simplesmente ignora o grave problema demográfico que a Madeira enfrenta. Revelador de um modelo de desenvolvimento esgotado e de opções políticas erradas. De quem governa em bolha, com cartão laranja, dentro de um círculo de e para alguns privilegiados, e sem atender às reais necessidades das e dos madeirenses e portosantenses”, destacou, por fim.

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