Tal como milhões de outras pessoas, tenho testado com curiosidade a plataforma aberta de inteligência artificial ChatGPT. Durante as últimas semanas, estive entretido a explorar os limites desta IA para entender como poderá ser útil nesta versão em concreto e, sobretudo, em conceito.
Um erro a evitar é tratar o ChatGPT como um motor de busca porque não foi criado para fornecer informações atualizadas, indexar páginas na web, horários ou comparar preços. Além disso, ele não é atualizado desde 2021, pelo que desconhece tudo o que aconteceu, desenvolveu ou descobriu desde então.
Este chatbot tem como objetivo interagir com as pessoas para resolver problemas, através de linguagem humana. Já me apercebi que ele é melhor em assuntos abertos do que na lógica. Por exemplo, é bastante ineficiente a resolver charadas, problemas de matemática do sexto ano e até mesmo para responder a perguntas simples como “em que dia da semana calhou o dia 28 de fevereiro de 2014”. Portanto, tenha cuidado ao usá-lo!
Porém, é útil em áreas específicas, como ajudar a desenvolver soluções em linguagens de programação, reescrever textos para torná-los mais simples de ler (o que pode ser útil quando não se domina bem o idioma em questão), fornecer primeiras pistas acerca de um assunto que desconhecemos, indicando onde podemos saber mais ou dando conselhos (sensatos, mas aborrecidos) a dúvidas do quotidiano e até a orientar-nos sobre como responder a emails.
O assunto é interessante porque, além de haver aplicações imediatas, a imaginação é o limite – para o bem e para o mal – quando pensamos num motor deste tipo que seja atualizado continuamente e que faça a ponte entre poderosos algoritmos e sistemas de interação com humanos. A não ser que nos estejamos face a face, será cada vez mais difícil percebermos se estamos a lidar com pessoas ou máquinas. Mas há uma enorme vantagem neste ChatGPT – está disponível para todos, para que possam compreendê-lo e usá-lo. É uma ferramenta poderosa. Experimente aqui.