A diretora-geral da UNESCO, a francesa Audrey Azoulay, em visita de trabalho à Guiné-Bissau, fez saber junto do chefe do Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, que a organização está organização aberta a apoiar a candidatura das ilhas Bijagós a património mundial.
A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) visitou o arquipélago dos Bijagós e no encontro com Sissoco Embaló debateu, entre outros assuntos, a preservação das ilhas Bijagós, classificadas reserva da biosfera da UNESCO desde 1996. Salientou que, neste âmbito, a sua conservação poderá ser feita “através de diferentes dispositivos nacionais e comunitários da UNESCO e ainda proteger uma biodiversidade excecional em ligação com a comunidade local que acredita na sua tradição”, declarou à saída do palácio da presidência guineense, cita a agência Lusa.
Audrey Azoulay sublinhou ainda que existe total disponibilidade da organização para acompanhar a Guiné-Bissau no processo de submissão da candidatura das ilhas Bijagós à lista de património mundial, que deverá ocorrer ainda este ano. E que a sua visita visa enquadrar e analisar, em conjunto com as autoridades guineenses, as linhas de cooperação nos domínios da proteção da natureza e da cultura.
O potencial de uma Reserva da Biosfera
O arquipélago dos Bijagós integra o território marinho e costeiro da Guiné-Bissau, sendo composto por 88 ilhas e ilhéus, numa extensão de 2,6 quilómetros quadrados, com uma população que ronda os 33 mil habitantes. Situa-se no oceano Atlântico, ao largo da costa daquele país, e foi classificado em 1996, pela UNESCO, como Reserva Ecológica Biosférica.
No conjunto de todas as ilhas apenas umas vinte têm uma população fixa, outras são objeto de explorações sazonais, outras ainda são consideradas sagradas pelos Bijagós. A sua população é composta essencialmente pela etnia que dá o nome ao arquipélago. As ilhas possuem uma riqueza natural excecional, tanto a nível de recursos naturais como a nível cultural. Razão pela qual a Reserva da Biosfera é um instrumento de planeamento que permite, através da articulação entre governos e instituições da sociedade civil, proteger a flora, a fauna, os seus habitats, e garantir a conservação de ecossistemas representativos, bem como de recursos genéticos necessários às gerações futuras.
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