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Tesla deve apresentar receitas de 24 mil milhões de dólares

Em causa estão os valores relativos ao quarto trimestre de 2022. Os ganhos por ação poderão significar um recorde da empresa mas, simultaneamente, o crescimento menos acelerado num período superior a dois anos.
25 Janeiro 2023, 16h28

A Tesla divulgará esta quarta-feira os resultados relativos ao quarto trimestre de 2022, e dará a conhecer o número de viaturas que planeia fabricar em 2023. São de prever receitas relativas ao período entre outubro e dezembro na ordem de 24,03 mil milhões de dólares (22,04 mil milhões de euros) e estima-se que os ganhos ajustados por ação da companhia sejam na ordem de 1,13 dólares (1,03 euros).

De acordo com os dados financeiros do Yahoo, citados pelo por portal “TechCrunch”, as receitas por título representariam o resultado mais alto da empresa, mas significariam também o ritmo de crescimento mais lento da Tesla em mais de dois anos.

Os dados serão ainda particularmente importantes para se perceber de que forma os cortes recentemente efetuados nos preços vão afetar as contas da empresa, segundo reporta a “Bloomberg”. Uma tendência natural, mas que foi acentuada pela enorme mudança de contexto que ocorreu desde a última vez em que a Tesla apresentou contas.

É que, desde que foi emitido o relatório relativo ao terceiro trimestre de 2022, o CEO da marca, Elon Musk, adquiriu o Twitter, numa transação que envolveu muita polémica e que acabaria por deixar de pé atrás os investidores da Tesla. Isto porque muitos consideram que Musk está a dedicar demasiado tempo à gestão daquela rede social, o que contribuiu quedas significativas no preço a que são negociadas as ações da Tesla, de tal forma que, em 2022, os títulos da empresa caíram 65%. De resto, o empresário já registou a maior perda de fortuna pessoal da história.

Porém, nem só com o Twitter se justifica a desvalorização recente da empresa norte-americana. A queda de produção na China tem sido transversal a todos os sectores e o segmento automóvel não é exceção, com os confinamentos obrigatórios, resultantes das políticas de Covid-zero (entretanto parcialmente levantadas), a serem causa para um grande revés no ritmo de crescimento acelerado que se vivia na empresa.

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