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EDP regista crescimento de 3% na produção de eletricidade à boleia de geração renovável e térmica

A EDP teve também um crescimento de 11% na geração eólica e solar, adicionou 2,2 GW de projetos renováveis, e registou um aumento de 15% na geração hídrica.
26 Janeiro 2023, 22h04

A EDP registou um aumento na produção de eletricidade em 3%, em 2022, devido à influência da geração renovável e térmica, anunciou a empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Isto deveu-se à “seca na Península Ibérica e do aumento das exportações de energia para França”, acrescentou a EDP.

Salienta-se também um crescimento de 11% na geração eólica e solar resultado da “maior capacidade instalada e de maiores recursos eólicos e solares”, face a 2021, “com a Europa e América do Norte a representarem 35% e 55% da
produção total”.

A empresa reportou a adição de 2,2 GW de projetos renováveis em 2022. Já a capacidade instalada Eólica e Solar da EDP atingiu os 14,9 GW (EBITDA+Equity) a dezembro de 2022, e teve um aumento líquido de 9% ou 1,2 GW face a 2021, refere a EDP. Está incluindo o impacto de rotação de ativos concluídas em três mercados europeus, EUA e Brasil, envolvendo 1,0 GW de capacidade renovável, sublinhou a empresa.

“No final de dezembro de 2022, a EDP tinha 4,0 GW de projetos renováveis em construção em 15 mercados na Europa, América e Asia-Pacífico, o que sustenta as adições para 2023 e em diante”, explica a EDP.

Produção hídrica desce 38%

Já a produção hídrica no mercado Ibérico teve uma quebra de 38% (quatro TWh abaixo do esperado), “apesar da recuperação observada no quarto trimestre de 2022, sendo o IPH para dezembro 67% acima da média de longo prazo”.

Isto levou a um crescimento de 15% na geração hídrica no quarto trimestre face ao ano anterior, “mitigando o
impacto dos primeiros nove meses muito secos em 2022, com os níveis de reservatórios a aumentarem para 73%
em dezembro (vs. média histórica de 56%)”.

A geração de carvão registou uma quebra de 10% face ao ano anterior, e uma descida de 52% face ao trimestre passado, “principalmente devido ao facto de no Brasil, em 2022, a melhoria da situação hídrica ter resultado numa produção de carvão perto de zero”.

A EDP explicou que o anúncio da venda de uma central hídrica no Brasil, em dezembro “reduziu a exposição” à volatilidade hídrica.

“Adicionalmente, o adiamento do leilão de capacidade energética A-5 (para novos CAE a partir de 2027) que estava previsto ocorrer em novembro de 2022, resultou numa imparidade na central a carvão Pecém no Brasil com um impacto negativo não recorrente de 0,13 mil milhões de euros no resultado líquido da EDP em 2022”, acrescentou a empresa.

“Na atividade de comercialização, no mercado Ibérico, o volume de eletricidade vendido aumentou 6% face ao período homólogo, refletindo principalmente o crescimento dos volumes vendidos a clientes empresariais
em Espanha. No gás, os volumes vendidos diminuíram 15% face ao período homólogo”, acrescentou a empresa.

A EDP salienta que a eletricidade distribuída em 2022 “ficou em linha” com o período homólogo na Península Ibérica, “devido ao inverno mais quente, e aumentou 2% no Brasil”, enquanto que o número de pontos de ligação “aumentou 1% e 3% face ao período homólogo nas redes Ibéricas e no Brasil”.

 

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