Já são conhecidos os resultados trimestrais da Walt Disney, divulgados esta quarta-feira após o encerramento da bolsa norte-americana.
A empresa liderada de novo por Bob Iger registou um crescimento de receitas na ordem dos 8% face ao primeiro trimestre do ano passado, o que se traduz num resultado líquido de 1.279 milhões de dólares.
Os lucros por ação fixaram-se, a 31 de dezembro de 2022, nos 0,99 dólares por ação (ajustados) face aos 0,78 previstos pela Refinitiv e aos 0,63 dólares, no mesmo período do ano passado.
A empresa estima que o número ativo de subscrições ao serviço de streaming Disney+ ultrapasse os 161 milhões, um resultado acima do esperado.
Apesar do negócio do streaming e da unidade de media e D2C (direct to consumer) ter registado dificuldades no último trimestre, a empresa assinala que os parques temáticos continuam a registar um crescimento significativo ano após ano.
“Depois de um primeiro trimestre sólido, estarmos a embarcar numa transformação significativa. Uma que vai maximizar o potencial das nossas equipas criativas de topo e das nossas marcas e franchises incomporavéis”, escreve o CEO, Bob Iger, no relatório fiscal divulgado hoje.
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“Acreditamos que o trabalho que estamos a fazer para repensar a nossa empresa em torno da criatividade, enquanto reduzimos a despesa, nos vai encaminhar para um crescimento mais sustentado e para uma rentabilidade do nosso negócio de streaming”, acrescenta, dizendo que a intenção do grupo é estar “melhor posicionado” para fazer face a “futuras disrupções e desafios económicos globais”.
Com Iger de volta ao leme da empresa, a Disney já tinha indicado que pretendia levar a cabo “uma transformação significativa” do modelo de negócio, mas sem concretizar grandes detalhes.
O regresso do CEO surge numa altura em que as empresas de media encaram uma rápida mudança de paradigma, com uma quebra acentuada nos contratos publicitários e com os consumidores a migrar massivamente para o mercado do streaming. Mas mesmo esse mercado tem tropeçado em dificuldades, já que o aumento generalizado dos preços por parte das plataformas tem levado um grande número de utilizadores a reduzir as suas subscrições.
A mais recente subida nos preços do Disney+, o serviço de streaming da Disney, terá afastado da plataforma mais de 2,4 milhões de assinantes, um número ainda assim positivo face aos 3 milhões que a empresa estimava perder.
Já os parques temáticos continuam a brilhar. A unidade de parques, experiências e produtos registou um aumento da receita bruta de 21%, a gerar 8,7 mil milhões de dólares no último trimestre. Pouco mais de 6 mil milhões de dólares desse valor veio dos parques temáticos, com o restante a ser atribuído aos hotéis, cruzeiros e outros produtos.
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