Cinquenta e quatro presidentes de associações juvenis têm mais de 60 anos de idade, uma realidade que o Governo quer mudar com uma nova lei que poderá ter implicações como os três milhões de euros anuais de apoios do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) se distribuem, noticia o “Público” esta segunda-feira.
São consideradas associações juvenis e, por lei, têm de ter 75% dos sócios com menos de 30 anos de idade, um cenário que não se verifica nas chefias dessas organizações, de acordo com dados do Registo Nacional do Associativismo Jovem (RNAJ) citados pelo matutino.
Dos 54 presidentes identificados com mais de 60 anos, o mais velho tem 86 anos de idade. Trata-se do responsável máximo do Grupo Entnográfico da Gafanha da Nazaré.
Os dados do RNAJ indicam que quase um terço (28,4%) dos líderes das associações juvenis tem mais de 41 anos e contabilizando ainda os presidentes entre os 31 e os 40 anos, verifica-se que quase metade (49,3%) dos presidentes das associações juvenis está acima da idade que a lei define um cidadão jovem.
Mais, os RNAJ indica que não se verifica um rejuvenescimento das cúpulas destas associações. Mais de metade das associações jovens teve apenas um presidente desde que o seu registo passou a ser obrigatório, em 2007.
Em média, cada uma das associações teve menos de dois presidentes nos últimos 12 anos. Os dados do RNAJ apontam ainda que a maioria das lideranças são masculinas, uma vez que só 31% dos presidentes são mulheres.
Diz o “Público” que o Governo prepara-se para apresentar uma proposta para obrigar as associações juvenis a terem um presidente com 30 ou menos anos de idade.
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