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Graça Morais e Mega Ferreira pelas “Linhas da Terra”

Homenagem, amizade, memória. Eis alguns dos temas subjacentes à nova exposição que inaugura a 16 de fevereiro no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais. Não está só. Numa segunda mostra, a artista inspira-se nos ritos ancestrais que unem o Homem e a natureza para dar forma a “Os rituais do silêncio”.
13 Fevereiro 2023, 18h40

O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, recebe duas novas exposições a partir de dia 16 de fevereiro. “Homenagem a António Mega Ferreira – Linhas da Terra/Os Olhos Azuis do Mar” e “Graça Morais. Os Rituais do Silêncio”.

A primeira é uma homenagem da pintora a António Mega Ferreira, na qual recorda uma amizade com cerca de quatro décadas. A segunda foi beber aos ateliês da pintora, de onde vieram muitos dos desenhos, pinturas e fotografias, muitos deles inéditos e outros há muito guardados.

 

A propósito de “Homenagem a António Mega Ferreira – Linhas da Terra/Os Olhos Azuis do Mar”, a pintora explica que guarda “como um tesouro o livro Linhas da Terra, que António Mega Ferreira escreveu em 1985 a convite de Vasco Graça Moura, o primeiro livro dedicado à minha pintura – o início de um grande reconhecimento da minha obra. Também recordo com saudade os encontros de Sines em 2005, que deram origem ao maravilhoso livro «Os Olhos Azuis do Mar».

“Preservo na minha memória, com afeto e gratidão, o privilégio de conhecer um homem ímpar que enriqueceu intelectualmente e artisticamente este país. Imagino-o a conversar com Dante, Camus, Proust, com todos os grandes escritores, pensadores, filósofos e artistas, em longas conversas cheias de humor e de curiosidade pelo mundo. Recordando as sábias palavras escritas e ditas, e louvando uma bonita amizade de quase 40 anos”, pode ler-se no comunicado enviado às redações.

 

A exposição intitulada “Graça Morais. Os rituais do silêncio” coloca o foco no tema dos ritos ancestrais que unem o Homem e a natureza, numa mostra que reúne trabalhos que revisitam temáticas basilares na sua obra, vinculadas à reivindicação das suas origens: a aldeia, a paisagem de montanha agreste e cheia de contrastes, o mundo rural marcado pelos ciclos naturais e pela cadência de práticas e rituais resultantes do estreito convívio entre o Homem e a Natureza. A exposição tem a curadoria de Joana Baião.

Ambas estarão patentes ao público no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, de 16 de fevereiro a 18 de junho.

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