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PSD acusa Governo de desrespeito pela concertação social na Agenda do Trabalho Digno

O PSD acusou hoje o Governo de ter desrespeitado a concertação social ao ter aprovado nova legislação laboral sem diálogo tripartido, com PS, PCP e BE a acusarem os sociais-democratas de só defenderem os patrões.
Cristina Bernardo
16 Fevereiro 2023, 17h09

Numa declaração política no parlamento, o deputado do PSD e secretário-geral dos Trabalhadores Social-Democratas (que realizou um Congresso no passado fim de semana), Pedro Roque, acusou o Governo do PS de ter “um problema com a concertação social”.

“Primeiro foi a geringonça a justificar o desprezo, depois ensaiou-se uma aproximação e obteve-se em outubro um acordo estratégico na concertação que saudámos”, sublinhou.

No entanto, prosseguiu, “quando tudo indicava que o Governo tinha regressado ao diálogo tripartido, a Agenda do Trabalho Digno provoca ondas de choque nos parceiros empresariais, que se sentem respeitados no acordo que assinaram, e ameaçam com a sua revisão”.

“O PSD reitera o compromisso com a concertação, só o equilíbrio entre os vários interesses em jogo produzem legislação laboral equilibrada”, defendeu.

Pelo PS, a deputada Cristina Mendes da Silva questionou Pedro Roque se os TSD tinham mudado de nome para ESD (Empresários Sociais-Democratas”, alegando que não viu quaisquer preocupações com os trabalhadores.

Na mesma linha, também o deputado do PCP Alfredo Maia e a deputada do BE Isabel Pires questionaram qual a posição do PSD sobre aumento de salários e acusaram o partido de repetir “a cassete que lhe foi dada para defender o patronato”.

Pela IL, o deputado Bernardo Blanco considerou que, atualmente, “o Estado desincentiva o trabalho e diz aos portugueses que o esforço não compensa”, enquanto Diogo Pacheco Amorim, pelo Chega, acusou o PS de “destruir o tecido social das pequenas e pequeníssimas empresas” e “menorizar o mercado de trabalho”.

Na resposta, Pedro Roque reiterou que o PSD defende o aumento de salários por via da negociação coletiva e lamentou que o Estado só seja eficaz num departamento: a máquina fiscal.

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