Openbank lança a conta poupança em Portugal com juro até 2,75% durante 6 meses

Está instalada a “guerra comercial” pelos juros dos depósitos, com os bancos pequenos a serem mais “generosos”. É o caso do Openbank, o banco 100% digital do Grupo Santander, que acaba de entrar na recente onda de aumento da remuneração das poupanças no âmbito da subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE).

Depois do Santander, do Novobanco, do Bankinter Portugal, do Banco Montepio, entre outros, o Openbank avança com “a melhor conta poupança do mercado português para clientes novos e existentes”.

No caso dos novos clientes, eleva a rentabilidade da Conta Poupança Boas-vindas Open de 2% para 2,75% durante os primeiros 6 meses para montantes até 10 mil euros.

A partir do sétimo mês, a Conta Poupança Boas-vindas Open transforma-se numa Conta Poupança Open, cuja rentabilidade também aumenta de 0,01% para 0,60% TANB, “oferecendo uma remuneração nos primeiros 100.000 euros para todos os clientes, tanto novos como existentes”, revela a instituição financeira.

“Adicionalmente, para os clientes que já tenham investimentos de ou que invistam mais de 10.000 euros no serviço de investimento automatizado Robo-Advisor, a remuneração será de 1,05% na sua Conta Poupança Open para saldos de até 100 mil euros”, acrescenta o banco on-line.

O Openbank diz que entre os seus benefícios, a Conta Poupança Open não tem taxas nem comissões, designadamente de manutenção.

Os titulares da Conta Poupança Open podem também fazer transferências gratuitas para qualquer país da União Europeia (em euros), através do site ou da app do banco.

Os clientes portugueses do Openbank recebem os juros mensalmente e terão o seu saldo sempre disponível e garantido até aos 100 mil euros pelo Fundo de Garantia de Depósitos.

“O Openbank mantém uma estratégia bancária socialmente responsável em que todos os produtos comercializados atestam o seu compromisso para com a sociedade e a sustentabilidade do planeta”, revela o banco.

O Openbank é o banco 100% digital com mais de 1,9 milhões de clientes em Espanha, Portugal, Alemanha, Países Baixos e Argentina e mais de 11.000 milhões de euros em depósitos.

Segundo o Jornal de Negócios, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a reforçar a remuneração dos depósitos a prazo e lançou um novo depósito a prazo, a partir dos 500 euros, com uma taxa de juro de 2,1%, juntando-se ao Santander e ao Montepio, que também anunciaram na semana passada aumentos nos juros.

O banco liderado por Pedro Leitão anunciou  um novo depósito a prazo que rende 2% (TANB) ao ano, designado por “Depósito a Prazo Não Mobilizável – Poupança 24 Meses” e revelou que “desde 13 de fevereiro que aumentaram as taxas de juro, até 2,25%, dos seguintes depósitos: Poupança Super, Poupança Ativa, Poupança M24, Poupança Especial Jovem, Poupança Cresce e Poupança Economia Social”.

Esta divulgação ocorreu depois de o Santander Totta ter anunciado que vai lançar um cinco depósitos a prazo em Portugal, um dos quais para pequenas poupanças, entre 500 euros e 2.500 euros. Este produto exige no entanto algumas condições, como a atribuição de um cartão.

O Santander Totta respondeu por sua vez à iniciativa do Bankinter que em Portugal avançou com o ‘Depósito de Boas-Vindas’ para novos clientes particulares, com uma rentabilidade de 1,75% ao longo de um ano. A sucursal do banco espanhol em Portugal tem no mercado também um depósito a 2% para prazos de 18 meses.

Os bancos em Portugal, no geral, têm baixos rácios de transformação de depósitos em crédito pelo que o incentivo para subir os juros dos depósitos é nulo. Mas a dinâmica comercial está a mudar esta inércia.