A taxa de inflação na Alemanha subiu até aos 8,7% em janeiro deste ano, revelam os dados do Instituto de Estatística (Destatis). Estes dados significam uma subida em relação a dezembro de 2022 (+8,1%) mas uma queda ligeira face a novembro do ano passado (+8,8%).
A “Reuters” nota que, os preços do consumidor, harmonizados para comparação com outros países da União Europeia, subiram 9,2% em janeiro no período homólogo. O Destatis nota que os preços ao consumidor aumentaram 1% no primeiro mês do ano quando comparado com o mês anterior. Sem o sector da energia, a inflação fixou-se em 7,2%.
“Após enfraquecer no final do ano, a taxa de inflação permanece num nível elevado”, aponta Ruth Brand, presidente do Destatis, em comunicado. O gabinete estatístico nota que este aumento da inflação se deveu ao aumento de preços sentido no início do ano.
“Observámos aumentos de preços em muitos bens e cada vez mais nos serviços. No entanto, o aumento dos preços da energia e dos alimentos também foram particularmente perceptíveis para as famílias em janeiro”, explica Brand.
Numa análise mais detalhada, o órgão estatístico avança que os “preços dos produtos energéticos estavam 23,1% acima do nível do mesmo mês do ano passado em janeiro de 2023, apesar das medidas de alívio” impostas pelo governo alemão. “Em dezembro de 2022, o aumento dos produtos energéticos foi de 20,3%” em termos homólogos.
O Destatis explica que o aumento dos preços se deveu ao fim da ajuda estatal que ocorreu em dezembro do ano passado.
Só o preço da energia doméstica aumentou 36,5% entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, enquanto os preços do gás natural subiram 51,7% e do aquecimento em 26%. O preço da lenha e das pellets subiram 49,6%, a eletricidade aumentou 25,7% e os combustíveis subiram 7%, um valor abaixo do aumento geral.
Em termos anuais, o preço dos alimentos aumentou 20,2% em janeiro de 2023. Este foi um crescimento que levou ao aumento da taxa da inflação. Os produtos lácteos e ovos subiram 35,8%, sendo o grupo alimentar com o maior aumento anual, seguido pelas gorduras e óleos (+33,8%) e dos cereais e pão (+22,7%).
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