Numa semana marcada pelo discurso do presidente russo Vladimir Putin, ‘comemorativo’ do primeiro aniversário da invasão da Ucrânia, foi o ‘fator China’ que sobressaiu do debate global sobre o assunto: para o bem e para o mal, o regime de Pequim pode, se assim o decidir, mudar a face da guerra.
A primeira evidência de que a China ganhou um lugar na guerra foi dada pelo secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, quando aconselhou vivamente o governo de Xi Jinping a não enviar armas para a Rússia. O apelo suou estranho e um pouco deslocado: não parecia haver nenhum motivo para que os Estados Unidos imaginassem que a China, muito ciente da sua equidistância face aos atores da guerra, estivesse perto de transformar-se num contribuinte líquido para o esforço militar da Rússia. Mas os Estados Unidos sabem o que estão a fazer: ao isolarem o Império do Meio como o maior inimigo a prazo dos Estados Unidos – circunstância rapidamente replicada pela NATO – sabiam que estavam a ‘empurrar’ o gigante asiático para os terrenos da Rússia. E nem por isso se impediram de o fazer.
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