Portugal (e o mundo) foi surpreendido pelo fator de incerteza à economia global. Efeitos do conflito militar da Ucrânia poderão conduzir a um menor crescimento económico da zona euro.
Como na ‘matrioska’, os efeitos do conflito militar têm várias faces. O aumento dos custos energéticos e inflação são os mais visíveis. Deterioração financeira dos parceiros comerciais, logo menos compras a Portugal, ameaçando a retoma.
A inflação vinha colocando um ponto de interrogação na recuperação económica europeia, gerando expectativa para uma possível subida das taxas de juro ainda este ano, mas a guerra na Ucrânia gera ainda mais incerteza. Em Portugal, consolidação orçamental deve continuar.
Um conselho para a Europa, do Atlântico aos Urais, para ultrapassar a sua estagnação. Mais conhecimento, menos arrogância e mais abertura ao diferente e à inovação e, por último, menos medo de arriscar.
Dada a incerteza que a corrente situação geopolítica no Leste da europa traz, estou em crer que quaisquer números que possam ser apontados para 2022 serão meramente indicativos.
A economia portuguesa, permeável, tenderá a seguir a dinâmica dos seus parceiros, mais dependentes da energia que vem da Rússia, antevendo-se uma queda do consumo e do investimento e talvez mesmo recessão.