O líder do Chega ficou sem tempo para abordar as propostas orçamentais do partido após uma tirada sobre as forças de segurança, acusando o Parlamento de censura. “Regimento diz que não se deve desviar da ordem dos trabalhos”, explicou o presidente da Assembleia da República.

Pedro Nuno Santos, secretário-geral socialista, questionou o Governo no debate na generalidade sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025 sobre a diferença entre os 3% inscritos no programa eleitoral da AD e o crescimento previsto no documento orçamental.

“Não se consegue fazer tudo em seis meses, mas consegue-se fazer muitas coisas que não foram feitas durante anos – e os resultados começam a aparecer”, referiu o primeiro-ministro no debate orçamental desta quarta-feira.

“Ao refletir um esforço de compromisso, não é a nossa proposta inicial, mas marca uma nova fase em Portugal”, argumentou Montenegro, falando numa proposta que resultou de “um compromisso até ao limite do razoável” com o maior partido da oposição, o PS.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) deu um parecer globalmente positivo à proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), mas destacou que muitas das reivindicações que apresentou ao Governo, importantes para estas autarquias, ficaram de fora.

Pedro Vicente, CEO da Overseas, afirmou esta terça-feira que baixar o IVA da construção para 6% e criar um Regime de Arrendamento Urbano integrado e desenvolvido com os agentes económicos, nomeadamente os promotores imobiliários, são fundamentais para atacar a crise na habitação em Portugal. “Sem isso não antevejo que se resolva esta crise”, sublinhou na conferência do JE e da EY sobre o OE2025.