O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou este domingo que um adiamento da venda da TAP “é bem-vindo”, se “não for muito longo e enriquecer o leque das alternativas para a escolha” do comprador.
A informação foi avançada no sábado pelo secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, assumindo que o objetivo do governo é concluir o processo de privatização da companhia aérea durante os primeiros seis meses do próximo ano.
A holding apresentou os resultados do semestre e em conferência de imprensa, aproveitou para se assumir como a companhia “mais credível” para comprar a TAP. Para já, deverá avançar para uma posição minoritária no capital da empresa.
Há dois meses sem acesso ao registo de chamada à PSP no dia dos desacatos no ministério das Infraestruturas, a defesa de Frederico Pinheiro requereu esta informação ao Ministério Público.
Os socialistas aprovaram sozinhos o relatório final da comissão de inquérito à gestão política da TAP, que não deverá surtir efeitos no Governo. Termos da privatização são conhecidos ainda este mês.
As críticas são renovadas e, nalguns casos, aprofundadas. Os partidos da oposição – entre eles, dois sem representação na CPI -, rejeitam a verdade reescrita no relatório final do inquérito à TAP e apontam dedos ao Governo.