É preciso recuar até fevereiro de 2014 para encontrar uma subida tão significativa das rendas em Portugal. Em agosto, o preço das rendas pagas por inquilinos aumentou 4,81%, avança o “Público”.

Caso tenham de desistir do negócio, os proprietários de casas no sector do Alojamento Local recusam mudar para arrendamento de longa duração. E nem mesmo os incentivos fiscais sobre as rendas, previstos no programa Mais Habitação, os convence. Preferem usar casas para férias e enfrentar as despesas acrescidas da casa vazia, alugar a estrangeiros a médio prazo, ou até mesmo vender.

“Devemos olhar para este assunto como uma prioridade em termos de financiamento, de recursos que podem ajudar a ultrapassar esta situação”, defendeu Vasco Cordeiro à Antena 1 e Jornal de Negócios.

Proprietários dizem que medida-travão os coloca como financiadores dos inquilinos. Estes, por seu turno, querem uma atualização 0% das rendas, – sob pena, avisam, de o Governo contribuir para a crise social.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se hoje esperançoso que a Comissão Europeia dê atenção à carta que o primeiro-ministro português, António Costa, lhe enviou sobre os problemas da habitação.

Decisão do Presidente da República deixa pendentes as medidas do programa do Governo que só deverão entrar em vigor em finais de outubro, com exceção do apoio às rendas e juros bonificados já promulgados por Marcelo Rebelo de Sousa. Em causa estão medidas como o limite às rendas de novos contratos e isenção de mais-valias da venda de habitações secundárias que têm de aguardar por uma confirmação de voto do programa Mais Habitação.