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10 países que eram ricos e ficaram pobres

A contração de empréstimos exacerbados, gastos supérfluos, investimentos falhados, conflitos internos e corrupção acabaram por comprometer o futuro de nações que reuniam todas as condições para competir economicamente com os países mais desenvolvidos.
15 Novembro 2018, 16h57

A conjuntura económica de uma nação pode mudar radicalmente no decurso de centenas e até milhares de anos.
A contração de empréstimos exacerbados, gastos supérfluos, investimentos falhados, conflitos internos e corrupção acabaram por comprometer o futuro de nações que reuniam todas as condições para competir economicamente com os países mais desenvolvidos.

Tailândia: Mas a realidade nem sempre foi esta e, no decorrer do século 16 e 17, o reino de Ayutthaya, onde hoje se situa grande parte do território tailandês, era mais rico do que muitas nações europeias. O declínio começou no início do século XVIII quando vários conflitos desestabilizaram a monarquia.

Mali: O Mali é um dos países mais pobres do planeta, com um rendimento per capita de apenas 704 euros. Surge na lista das Nações Unidas como um dos países menos desenvolvidos, sendo que a maioria da população depende da agricultura para subsistir. Mas nem sempre foi assim, se recuarmos centenas de anos, percebemos que as coisas já foram muito diferentes. O país situava-se no coração do império do Mali, um dos mais ricos do continente Africano. O seu governador, Mansa Musa, foi considerado uma das pessoas mais ricas que já existiram, tendo acumulado uma fortuna estimada (aos preços atuais) em 349 mil milhões de euros.

Turquia: A Turquia está longe de ser um dos países mais pobres do mundo. O país é classificado como emergente e o seu rendimento per capita situa-se na média mundial mas é inferior à maioria dos países europeus. Mas nem sempre foi assim. No século XVI, o Império Otomano, de onde a Turquia surgiu, detinha um PIB equivalente ao de dois terços da Europa Ocidental. O império alcançou o reconhecimento de super potência durante o reinado do sultão Suleiman (de 1520 a 1566).

Índia: O rendimento per capita da Índia situa-se nos 5.800 euros anuais. Enquanto nos últimos anos se têm registado progressos significativos na sua economia, a verdade é que milhões de indianos ainda vivem em extrema pobreza. O Império Mugal, fundado em 1526 e que se estendia por todo o continente asiático, chegou a ultrapassar a China, tornando-se a maior potência mundial, ao representar cerca de 25% do PIB mundial, o que hoje se traduziria nuns impressionantes 21 biliões (milhões de milhões) de euros.

Letónia: Controlada por potências estrangeiras durante séculos, a Letónia declarou independência em 1918 e adoptou uma constituição liberal em 1922. Entre 1920 e 1930 o país era mais rico que os seus vizinhos, Finlândia e Dinamarca. Os seus habitantes eram os maiores consumidores de carne na Europa e o país chegou a ter a maior percentagem de estudantes universitários do “Velho Continente”. Infelizmente, o período de prosperidade foi breve. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Letónia foi devastada pelos nazis e soviéticos, e a economia do país foi dizimada.

Cuba: Décadas de sanções paralisantes por parte dos EUA empobreceram o território cubano. A nação tem um rendimento per capita de apenas 6.500 euros e o governo luta para conseguir providenciar habitações, transportes e outros bem essenciais à população.

Iraque: Entre 1960 e 1970 o Iraque era uma nação em forte expansão, com abundantes reservas de petróleo e gás. O país do Médio Oriente lucrou bastante com o aumento sobre o preço dos combustíveis durante a crise petrolífera de 1973. O país tinha ao seu dispor estruturas avançadas de serviços sociais e assistência médica.

Zimbabwe: Durante a década de 1980, a economia do Zimbabwe prosperava graças a um forte sector agrícola e aos abundantes recursos naturais do país. Mas, a partir de 1990, deu-se um agravamento da situação financeira. Em 2000 o governo confiscou as quintas mais produtivas do país e entregou-as a quem não tinha conhecimento para a sua devida exploração. Com o alastramento da corrupção e fortes problemas económicos, o país atingiu em 2003 uma taxa de desemprego que rondava os 95% e pouca coisa melhorou desde então.

Nauru: Nos anos 70, esta pequena ilha do Pacífico possuía riquezas abundantes (com reservas abundantes de fosfato), apresentando um dos rendimentos per capita mais altos do mundo, cerca de 16.800 euros. A população, que em 1970 não chegava aos sete mil habitantes, ostentava casas e carros de luxo, assim como o governo construía hotéis de luxo, comprava navios e aviões.

Venezuela: Nos últimos anos, a Venezuela passou de uma das economias mais saudáveis para uma das mais carenciadas. Em 2017, a economia venezuelana já tinha caído 35% relativamente a 2013 e o rendimento per capita sofreu uma quebra de mais de 40%.

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