Deputados do PS abandonaram o hemiciclo após o líder do Chega ter retirado os cravos vermelhos colocados por outros parlamentares entre as rosas brancas que decoram hoje o púlpito, na sessão solene evocativa do 25 de Novembro de 1975.
André Ventura subiu à tribuna para a sua intervenção mas, antes de discursar, retirou os cravos vermelhos que tinham sido colocados antes pelos deputados Inês de Sousa Real, do PAN, Mariana Mortágua, do BE, e Jorge Pinto, do Livre.
“Hoje é dia de rosas brancas e não de cravos vermelhos”, justificou o líder do Chega.
Esta atitude levou um grupo de deputados do PS a abandonar o hemiciclo, em protesto, e outros a levantar os cravos vermelhos que tinham levado para a sessão solene evocativa dos 50 anos do 25 de Novembro de 1975, na Assembleia da República.
O deputado Porfírio Silva, do PS, ouviu toda a intervenção de André Ventura com um cravo vermelho na mão levantado no ar.
André Ventura comentou a saída de deputados da sala, considerando que “só mostra como sempre conviveram mal com a liberdade”.
Face ao ruído gerado no hemiciclo, o presidente da Assembleia da República interveio para pedir que fossem criadas condições para que a intervenção continuasse e salientou: “Nós estamos num parlamento plural, democrático, em que cada um de nós ouve o que o outro tem a dizer”.
Na intervenção seguinte, o deputado do PSD Pedro Alves repôs os cravos na tribuna, afirmando que este dia “é de todos”.
Antes, já o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, tinha retirado uma rosa branca do arranjo floral que ornamenta o púlpito para a colocar junto aos cravos vermelhos que tinham ali colocados momentos antes.
Nesta sessão evocativa dos 50 anos do 25 de Novembro de 1975, André Ventura esteve sentado no meio do hemiciclo, na qualidade de líder do maior partido da oposição, e não no seu lugar de deputado na bancada do Chega.
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