[weglot_switcher]

40 anos do BCP: “Importância do BCP para a economia portuguesa confirmou-se”, sublinha CEO

O BCP faz hoje 40 anos e Miguel Maya escreveu aos colaboradores. Com o título “Rumo ao futuro” exalta o passado do banco fundado por Jorge Jardim Gonçalves e diz que “a importância do BCP para a economia portuguesa confirmou-se”.
O CEO do Millennium bcp, Miguel Maya Dias Pinheiro, à chegada para intervir durante a conferência de imprensa para apresentação dos resultados do 1º trimestre de 2025, em Oeiras, 21 de maio de 2025. TIAGO PETINGA/LUSA
25 Junho 2025, 09h56

O BCP faz hoje 40 anos e o seu presidente executivo, Miguel Maya, escreve aos trabalhadores do banco a assinalar a data.

Com o título “Rumo ao futuro” Miguel Maya exalta o passado do banco fundado por Jorge Jardim Gonçalves e diz que “a importância do BCP para a economia portuguesa confirmou-se”.

”Assim foi, assim está a ser, assim continuará a ser, pois estamos determinados em dar continuidade ao legado que milhares de profissionais edificaram ao longo destas quatro décadas”, lê-se na carta a que o Jornal Económico teve acesso.

Miguel Maya aproveitou a ocasião para lembrar que em 2025, “com o Plano Estratégico Valorizar iniciámos um novo capítulo da vida do BCP, no qual fica expressa a nossa ambição e determinação em servir mais e ainda melhor os clientes, em atrair e valorizar mais os trabalhadores que se destacam pelo seu talento e compromisso com o banco, em remunerar adequadamente e regularmente o investimento dos nossos acionistas”.

Há quarenta anos, no dia de 25 de junho de 1985, um grupo de promotores, “liderados pelo presciente empresário Américo Amorim, e um grupo de gestores e executivos de referência no setor financeiro, liderados pelo Engº Jorge Jardim Gonçalves, fundavam o Banco Comercial Português”, começa assim a carta do CEO do banco.

O BCP foi fundado no contexto político de um país saído de um revolução socialista (1974)  e que ainda não permitia na sua Constituição as reprivatizações, mas já tinha aberto o país à iniciativa privada.

Miguel Maya cita a intervenção de Mário Soares, “primeiro-ministro (demissionário) à data”, na inauguração do BCP, quando diz que “é com alegria que vejo um grupo de empresários abalançarem-se num projeto de tão grande importância para o futuro de Portugal”.

“Celebramos hoje o 40º aniversário do lançamento de um banco que por mérito próprio se afirmou em Portugal e nas geografias em que opera, com especial destaque para a Polónia e Moçambique, como uma referência indelével em matéria de inovação e de qualidade nos serviços que presta aos clientes através de uma combinação simbiótica de enorme sucesso entre o atendimento humano e a tecnologia”, sublinha Miguel Maya.

“Ao longo destas quatro décadas crescemos por via orgânica e através de aquisições de prestigiadas marcas”, lembra o CEO do banco que ao longo do tempo adoptou a designação comercial de Millennium BCP e a cor cerise crayola (o BCP na sua génese era bordeaux).

“Vivemos momentos bons e outros menos positivos, alguns mesmo muito desafiantes, como sucede com todas as organizações que perduram no tempo, atravessam múltiplos ciclos económicos e atuam em setores críticos para o desenvolvimento económico e social”, sublinha o presidente executivo.

O BCP teve a maior crise da sua existência em 2007 com a guerra de poder pelo controlo do banco após a sucessão de Jardim Gonçalves. Uma crise que se reflectiu nos anos seguintes na queda das ações do banco, tendo mesmo chegado ao nível de penny stocks.

“Ao longo destes 40 anos muito aprendemos. Soubemos sempre transformar experiência em conhecimento, o que nos tornou mais ágeis, mais fortes e nos faz evoluir”, refere o CEO.

“Construímos juntos um percurso notável, demonstrando resiliência perante os desafios e adaptando-nos com agilidade aos novos tempos com que nos fomos deparando, conseguindo com assinalável sucesso criar, manter e reforçar o compromisso com os clientes que servimos e que nos distinguem com a sua preferência”, escreve Miguel Maya.

Numa carta motivadora, o banqueiro diz aos seus colaboradores que “alimentámos sempre a paixão pela inovação, a qual se assume como o elixir da vitalidade do BCP desde a primeira hora, e alcançámos uma robusta posição de capital, a qual nos permite afirmar com satisfação sermos o Banco Comercial de referência das famílias e das empresas, ao que acresce sermos o único banco em Portugal com uma estrutura de capital aberta; o único banco cotado em Bolsa em Portugal”.

Ao nível da inovação é tido como marco a criação da marca de banca de retalho Nova Rede no fim de 1989.

Miguel Maya dá hoje “uma palavra de especial apreço para os acionistas que investiram e investem em nós, desde logo aos 205 acionistas fundadores e aos mais de 120 mil acionistas que o BCP atualmente tem, com destaque para a Fosun e para a Sonangol”.

“A todos eles agradecemos por acreditarem na nossa capacidade para criar valor, gerar e partilhar prosperidade, respeitando os sólidos valores que pautam a nossa cultura empresarial e enquadram as nossas atuações”, refere.

Miguel Maya, CEO do BCP, destaca também o papel do anterior CEO e atualmente Chairman do banco.

“Permito-me destacar também o relevante contributo do Dr. Nuno Amado no âmbito do processo de recuperação, normalização e agora de crescimento do banco, quer na qualidade de CEO quer posteriormente como Chairman, pois teve um papel central em diversos momentos muito marcantes da vida do banco, dos quais todos temos memória”.

“O caminho percorrido foi bem-sucedido por contarmos com equipas que integram profissionais de excelência, em termos de talento, atitude e capacidade de concretização, por contarmos com pessoas que conjugam qualidades profissionais e valores pessoais que permitem que a vasta maioria dos trabalhadores pautem as suas atuações, programadas ou espontâneas, respeitando a cultura e os valores do BCP”, sublinha o banqueiro.

A carta serve para “felicitar nesta data especial todos os que contribuíram ativamente para a notável evolução do BCP ao longo destes 40 anos”.

Miguel Maya está convicto que  “se continuarmos a desenhar o futuro tendo sempre como pedra angular o valor que criamos para e com os clientes, se soubermos continuar a atrair e desenvolver profissionais de excelência, se continuarmos a saber utilizar a tecnologia ao serviço das pessoas, seremos sempre capazes de superar os desafios com que nos depararmos e permaneceremos promotores (palavra tão bem escolhida pelos fundadores: aqueles que promovem, fomentam, impulsionam) relevantes do desenvolvimento económico de Portugal e dos países e comunidades em que o Millennium está presente”.

“É para mim e para todos os meus colegas da Comissão Executiva, seguro que também o é para os membros do Conselho de Administração e demais Órgãos Sociais, um enorme orgulho servir convosco no Millennium” e “ter a oportunidade de contribuir para se honrar o legado de todos os que com a sua visão, com o seu investimento, com o seu talento e intenso trabalho contribuíram e contribuem de forma decisiva para o sucesso desta nossa casa, desta notável empresa que é o Banco Comercial Português”, conclui.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.