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5G. Nos demonstra potencialidade da quinta geração móvel

O parceiro tecnológico para este primeiro teste do 5G em ambiente real da NOS foi a Huawei. Perante a polémica em que a empresa chinesa está envolvida, o responsável da Nos disse que a telecom tem “vários” parceiros tecnológicos, uns destinam-se ao desenvolvimento das redes e outros para outros serviços e produtos “mais core”.  Para o 5G, o parceiro ainda não está definido.
21 Maio 2019, 16h41

A Nos fez esta terça-feira, 21 de maio, a sua primeira demonstração em ambiente real das potencialidades da quinta geração móvel, num evento na Portugal Smart Cities Summit, na FIL, em Lisboa que decorre até dia 23 de maio. Luís Santo, responsável pelo programa 5G da Nos afirmou aos jornalistas que a empresa “está a fazer a expansão de todos os conceitos ligados às cidades inteligentes [Smart Cities]”, apontando as potencialidades do 5G como essencial para a “construção” de uma cidade inteligente.

A demonstração consistiu na condução remota de veículos de emergência, concretamente um carro dos bombeiros e outro da polícia, como forma demonstrar as potencialidades do 5G. Os veículos de emergência são controlados à distância, numa pista própria, revelando que é possível com o 5G aplicar novas soluções para, em situações de emergência, melhorar o tempo de reação e a qualidade da intervenção sem colocar qualquer pessoa em perigo.

“Estas aplicações pretendem evitar que o ser humano esteja presente em situações hostis. Os veículos não são tripulados e o piloto, remotamente, tem uma sensação de 360 graus. É como se estivesse exatamente dentro do veículo”, resumiu Luís Santo.

Anena 5G da NOS | Foto cedda

Neste teste, a Nos usa o espectro dos 3,5 GHz, que solicitou à Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom). No stand, há dois simuladores de condução com óculos de realidade virtual, ligados por um “pequeno modem” em 5G à antena que está instalada junto à pista, no fundo do pavilhão 1 da FIL. Esta versão de teste da Nos contou com a parceria da Huawei. A empresa chinesa é a parceira tecnológica para as redes da telecom, a par da Nokia.

Perante a parceria com a Huawei e Nokia, Luís Santo explicou aos jornalistas que a Nos tem “vários” parceiros tecnológicos, uns destinam-se ao desenvolvimento das redes e outros para outros serviços e produtos “mais core“.  Quanto ao desenvolvimento e implementação do 5G, o responsável pela quinta geração móvel da Nos, explicou que ainda não foram selecionados os fornecedores definitivos para o 5G da empresa.

Até chegar a esta demonstração “passaram 18 meses desde o primeiro estudo da nova rede móvel”, sendo que há ainda, “como qualquer tecnologia, um tempo de aprendizagem”. “A tecnologia é complexa e tenta responder de forma muito lata à capacidade de interligar vários pontos. Latência, velocidade e densidade de sensores, é a estes três factores a que responde o 5G”, disse Luís Santo.

Manuel Ramalho Eanes, administrador da NOS, esteve presente na demonstração do 5G da Nos e afirmou ser “este um caminho relevante para as cidades inteligentes e mostra que vai conseguir criar as cidades 5.0”. o administrador da Nos, contudo não revelou qual a cidade portuguesa a empresa vai escolher para desenvolver e testar a sua rede 5G no âmbito de um projeto “Smart City”.

Por exemplo, a Altice Portugal, empresa concorrente da Nos, definiu investir a sua tecnologia, por via de parcerias tecnológicas, na cidade de Aveiro. Naturalmente que esse investimento passa pelo 5G e por promover aquela cidade como uma cidade inteligente.

Uma vez que para este teste do 5G a Huawei foi a escolhida para garantir o fornecimento da rede, quando questionado sobre a recente polémica que envolve a empresa chinesa nos EUA e de que forma a empresa se pode precaver para futuros cenários, tanto Luís Santo como Manuel Ramalho Eanes afirmaram que “a [Huawei] é um dos parceiros tecnológicos e que não há mais nada a comentar”.

Reforçada a pergunta pela possibilidade de haver quebras de segurança, a resposta aos jornalistas foi: “Fazemos regularmente uma data de testes e não há nenhum indício sobre qualquer tipo de brecha na segurança”.

Este teste só foi possível após a Anacom ter cedido o espectro. Quando questionado pelo leilão do 5G, Luís Santo salientou que “ainda se está numa fase prévia da atribuição de frequências” e frisou que para concretizar os uses cases do 5G “é necessário um ecossistema”. “Um operador [de telecomunicações] não é especialista em 5G”.

Sobre o investimento que a Nos terá preparado para o 5G, o responsável pelo programa de 5G da empresa apenas afirmou “que os valores não estão fechados”.

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